Revista Diário - 10ª Edição - Setembro 2015

Editoria A pesar da diversidade de sua obra, R. Peixe costumava dizer que não seguia nenhuma escola de pintura. Ad‐ mirava Pablo Picasso, Rafael, Lavoisier, a brasileira primitivista Djanira e o potiguar DorianGray. "Sou umeter‐ no aprendiz", dizia ele. No catálogo de sua 37ª Exposição Individual de Pintura, realizada de 26 de setembro a 6 de outubro de 1995, no hall de entrada do Teatro das Bacabeiras, o saudoso poeta e es‐ critor Isnard Lima publicamente manifestou sua crítica so‐ bre a Pintura Fantástica: “Acompanho há muitos anos a ca‐ minhada artística de R. Peixe. Fui olhar de perto seus novos trabalhos. Nestamostra se destaca a Pintura Fantástica que Peixe oficialmente apresenta ao público desta terra pela pri‐ meira vez. É uma escola de pintura que aceita apenas linhas curvas. São símbolos, transparências, figuras e uma riqueza de cores que permite ao observador uma estranha viagem. Há uma conotação hermética na simbologia plástica das te‐ las. Opsiquismo do pintor flui emespirais, tremeluz emfan‐ tasias cromáticas e dimensiona a sua visão de um mundo que é o seu próprio microscópio. A arte de R.Peixe é dinâ‐ mica. Onovo, o extraordinário e o emocionante sempre sur‐ gem em suas exposições que se mostram a nós como um universo plástico em permanente ascensão”. O decano da pintura amapaense faleceu aos 73 anos, em Natal, Rio Grande do Norte, no dia 1 de março de 2004, por volta das 13h45. Seu corpo foi velado com hon‐ ras e pompa fúnebre na Loja Maçônica Acácia do Norte, emMacapá, capital do Amapá, no dia 4 de março, e depois seguiu em cortejo fúnebre no carro de bombeiros pelas principais ruas da cidade, com pequena parada em frente à Escola de Artes Cândido Portinari, obra por ele ideali‐ zada, construída no governo Annibal Barcellos em mea‐ dos dos anos 1980. Com sua arte, Peixe projetou interna‐ cionalmente o Amapá. ● ● Umpar de obras inéditas do virtuose artista plástico R.Peixe Revista DIÁRIO - Setembro 2015 - 11

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