Revista Diário - 10ª Edição - Setembro 2015

Riqueza O estado do Amapá entrou pa‐ ra o noticiário econômico do país e do mundo desde a descoberta das jazidas de manga‐ nês, nos anos 1950, quando o até então maior projeto de mineração da Amazônia se implantou, a Icomi S.A. (Indústria e Comércio de Miné‐ rios). Com a paralisação da lavra do minério, em 1997, em Serra do Navio, a cidade e os municípios cortados pela ferrovia que escoava a produção passaram a viver sob a ameaça de virar um lugar fantas‐ ma. Outros projetos minerais vie‐ ram depois, movimentaram o mer‐ cado, geraram emprego e renda, mas não prosperaram. A luz do fim do túnel acendeu quando o então bilionário Eike Ba‐ tista implantou o consórcio MPBA e MMX Mineração, que explorou ouro e minério de ferro, respectiva‐ mente, em Pedra Branca do Ama‐ pari e Serra do Navio. Outras em‐ presas também tiveram seu lugar ao sol, mas igualmente interrompe‐ ram a produção tempos depois, co‐ mo a Novo Astro, Vila Nova, Beedel, Paula Abib e Unagem, além das su‐ cessoras da MMX, que foram a An‐ glo American e, mais recentemente, a Zamin Ferrous. Não se pode esquecer do proje‐ to Jari, iniciado nos anos 80 e que até hoje não atendeu às expectati‐ vas desde o período da gestão do idealizador Daniel Ludwig, como também quando do consórcio lide‐ rado por empresários brasileiros de peso, como o próprio Au‐ gusto Trajano de Azevedo Antunes e seu amigo Ama‐ dor Aguiar, dono do Banco Bradesco. FÔLEGO Atualmente o estado criou um órgão voltado a fazer essa interlocução com o setor. Trata‐se da Agência de Desenvolvimento Econômi‐ co do Amapá, uma fusão entre a Seicom (Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração) e a Afap (Agência de Fomento do Amapá). ● Considerado historicamente uma provínciamineral, o Amapá ainda amarga uma triste sina desde a paralisação damineradora Icomi, pois os projetos sucessores não emplacamcomo poderiam. Texto: Cleber Barbosa - fotos: Diário do Amapá Por que a mineração parou no Amapá? ● Minériode ferrodoAmapá Revista DIÁRIO - Setembro 2015 - 16

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