Revista Diário - 10ª Edição - Setembro 2015

Revista DIÁRIO - Setembro 2015 - 22 H elena Guerra, sem exagero, está entre os maiores servidores da capital amapaense. O que se ressalta em toda essa dedicação pelo bemcomumé que ela atua tendo o amor como carro chefe. E foi justamente com esse sentimento mor que criou o Grupo das Lágrimas. Amor pelo filho Alessandro que no auge da juventude, aos 19 anos, teve a vida ceifada por uma gangue de assaltantes. A polícia não conseguia desvendar o crime. Ao sentir que dificilmente veria a morte do filho elucidada, justiçada, a então vereadora Helena Guerra resolveu por conta própria fazer as investigações. Trabalhou sozinha, sem ajuda de ninguém, contando apenas com informantes. Conseguiu chegar aos latrocidas, localizando todos, em número de quatro. Com todas as informações fidedignas levantadas, ela foi à polícia apontar onde estava o quarteto. O amor, o esforço, a persistência, coragem e inteligência de Helena Guerra, uma mulher franzina de apenas 1,58 m de altura, conquistaram a sociedade macapaense, estenderam‐se pelo estado e foramalhures. Helena Guerra provou que quando se quer vencer, descobrir, conquistar, basta querer, acreditar em Deus, agir com amor e atuar com persistência e dedicação. Hoje, o Grupo das Lágrimas é uma entidade reconhecida pela sociedade amapaense e conhecida fora do estado. Foi criado inicialmente para ajudar famílias pobres que perdiamentes queridos emcrimes demorte. O objetivo, ajudar a polícia a elucidar homicídios e latrocínios. Depois, expandiu‐se, passando a atuar também no ramo da educação e da assistência social. Engana‐se quem pensa que Helena Guerra é vulnerável fisicamente, apesar de seu biótipo frágil. Ela é faixa preta em judô. A sua beleza interior também é grande. Acostumada a um trato direto com pessoas de todas as classes sociais, extrai disso um comportamento impressionante de diálogo, cheio de espírito positivo que encanta os interlocutores. O perfil aberto e franco dela em muito é semeado pela música – durante 14 anos, quando jovem, foi vocalista da banda Stress, grupo do seu pai Argemiro. Também toca violão. A importância de Helena na sociedade amapaense pode ser medida, entre outros parâmetros, pelo número de homenagens que ela guarda com carinho numa sala de 3mpor 6m em sua residência no bairro Buritizal, em Macapá. São 231 distinções, entre diplomas, certificados, medalhas, troféus e outras formas de comenda, como um pequeno monumento verde lhe conferindo o título de “Mulher do Século XX”, concessão do Instituto Brasileiro de Publicidade e Pesquisa. ● Helena Guerra, de menina pobre do Bailique à “Mulher do Século” Ela temuma históriamaravilhosa, cheia de ocupações positivas. Tudo que faz é bem feito. Funcionária pública federal, psicopedagoga, professora, bacharela emdireito e política. Essa é Maria Helena Barbosa Guerra, mãe de quatro filhos e que ainda encontra tempo e disposição para há 25 anos apresentar umprograma de rádio, há 19 anos presidir uma entidade por elamesma criada e durante 20 anos presidir o Conselho de Direito Municipal da Criança e do Adolescente de Macapá. Gente Texto: Douglas Lima - Fotos: Alexandre Alves

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