Revista Diário - 10ª Edição - Setembro 2015
N ovamente de retorno para a ca‐ pital do Amapá, foi convidado pelo então comandante da Po‐ líciaMilitar a aplicar, na corporação, o Treinamento de Aptidão Física, TAF, a novos soldados. Num dos intervalos dessa labuta ele foi conhecer melhor as dependências do quartel principal da PM e deparou comuma piscina se‐ miociosa. Como um lampejo veio a ideia do Peixinhos Voadores. No mesmo instante se dirigiu ao comandante da Polícia Militar, pro‐ pondo‐lhe a criação do Peixinhos Voa‐ dores para atender apenas crianças emsituação de risco social no entorno do quartel. E assimo projeto começou a ser executado com somente sete crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade. Isso em 19 de abril do ano de 2002. Hoje o projeto Peixinhos Voa‐ dores trabalha com 14.400 infan‐ tis, ainda usando amesma piscina do quartel da PM, mas também com gerências nos municípios de Oiapoque, Amapá, Laranjal do Jari, Igarapé da Fortaleza e na cidade de Santana, bemcomo na Escola Antônio Messias, no bairro Zerão, capital. O professor SebastiãoMota afirma que a metodologia do Peixinhos Voa‐ dores engloba disciplina e carinho à luz da finalidade da Polícia Militar de moldar atletas nadadores com a filo‐ sofia de combate à exclusão social e formação de cidadãos, contando com apoio do governo do estado. Mas ameta do projeto de trabalhar apenas com crianças e adolescentes emsituação de risco social hoje emdia é aberta também para menores de fa‐ mílias consolidadas emvirtude da am‐ plitude que o Peixinhos Voadores al‐ cançou, não só pela disciplina e o cari‐ nho que os professores dedicam aos alunos, mas também pela seriedade e ambiente de irmandade que pontifi‐ camdurantes as atividades de natação, bemcomo ao civismo ensinado a todos – estudantes, pais ou responsáveis. A senhora Vera Conceição Borges Rocha diz que o seu filho, o bem trata‐ do e comportado José Ângelo, de 7 anos, manifestou vontade de entrar numa escolinha de futebol ou fazer natação. Como o guri mostrou alter‐ nativa, ela preferiu o nado. E começou a percorrer escolas de natação. Ne‐ nhuma lhe agradou. Foi então que lhe falaramdo Peixinhos Voadores. Foi ao quartel da Polícia Militar, gostou do que viu, matriculou o filho e hoje José Ângelo está ali, feliz da vida. ● Revista DIÁRIO - Setembro 2015 - 33 ● Comandante daPMAP, coronel José Carlos Correa de Souza, com nadadormirim
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