Revista Diário - 10ª Edição - Setembro 2015

Revista DIÁRIO - Setembro 2015 - 39 A APA do Rio Curiaú dista cerca de dez quilômetros do centro de Macapá. Limita‐se com Campina Grande do Curiaú, ao Norte, com a BR 156, a Oeste, com a capital, ao Sul, e com o rio Amazonas, a Leste. Além de Área de Proteção Ambiental, o Curiaú integra o patrimônio da Fundação Cultural Palmares (FCP), por decreto presidencial, pelo fato de que o lugar, desde os primórdios da sua habitação, é um quilombo, território de comunidades tradicionais negras que ancestralmente, para sobreviver fora da escravidão, passou a ter uma relação íntima com a terra. Os moradores do Curiaú, muitas vezes chamados de acomodados, na verdade vivemmuito bem, conforme eles próprios dizem, pois onde estão é uma fonte para a satisfação de suas necessidades essenciais. A pesca, a caça e a atividade agrícola são desenvolvidas para a autossubsistência, não havendo finalidades comerciais. ● Legalmente, uma APA existe para garantir a manu‐ tenção dos recursos naturais e socioculturais, promo‐ vendo o uso sustentável da natureza pelos seus habi‐ tantes. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc) estabelece critérios e normas para criação, im‐ plantação e gestão das unidades de conservação, con‐ ceituando o uso sustentável como “a exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos re‐ cursos ambientais renováveis e dos processos ecoló‐ gicos, mantendo a biodiversidade e os demais atribu‐ tos ecológicos, de forma socialmente justa e economi‐ camente viável”. ●

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