Revista Diário - 10ª Edição - Setembro 2015
Diário - Quais são as atribuições dela e quais os estados que são contemplados por suas ações? Fátima - Olha, uma das principais missões é assegurar a ocupação da Amazônia em um sentido brasileiro, nacionalista. Também se propõe a constituir na Amazônia uma sociedade economicamente estável e progressista, de modo que, com seus próprios recursos, possa prover a execução de suas tarefas sociais. Também é papel da Sudam buscar desenvolver a região amazônica num sentido paralelo e complementar ao da economia brasileira. Ela tem jurisdição nos estados da chamada Amazônia Legal. Diário - Quando ela passou a se chamar Sudam? Fátima - Por uma feliz coincidência, isso aconteceu em Macapá, após um pronunciamento do então presidente da República Castelo Branco, no dia 1 de fevereiro de 1966. Estavam presentes todos os governadores da região e membros do ministério, quando ele anunciava o início da chamada “Operação da Amazônia” que tinha como propósito transformar a economia da região, fortalecer suas áreas de fronteiras e fazer a integração do espaço amazônico no todo nacional. A SPVEA ganhava nova e mais ampla dimensão transformada em Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam. Diário - Foi assim, num discurso do Presidente? Fátima - Na verdade depois daquele discurso e da nova visão que o governo passou a ter sobre a região, foi criado o chamado Grupo de Trabalho da Amazônia, formado pelos ministro Roberto de Oliveira Campos e João Gonçalves de Souza, que em setembro daquele ano encaminhara a Castelo Branco o projeto de lei votado pelo Congresso Nacional, que resultou na Lei nº 5.173, de 27 de outubro de 1966, extinguindo a SPVEA e criando a Sudam, com outros mecanismos para agilizar a sua atuação e uma estrutura diferenciada. Diário - A senhora está afiada sobre a Sudam, heim? Fátima - Sou assim, sabe? Quando entro num projeto é de cabeça mesmo. Como parlamentar esses anos todos sempre pude acompanhar e fazer pleitos para a Sudam, por entender que ela pode ajudar muito o nosso estado, especialmente por estarmos em um momento de crise na economia e precisamos encontrar alternativas. Neste sentido o Amapá possui vantagens comparativas, vive um novo momento político, uma nova postura com relação ao porto, precisando implantar um modal de transporte, a sua Zona Franca Verde e porque não dizer a Zona de Processamento de Exportação. Além disso, ainda acredito na força do turismo, pois fui a primeira secretária desta pasta no Amapá e pude constatar que é sim viável. Diário - E agora, como superintendente, como poderá ajudar o seu estado de origem? Fátima - Na verdade assumi uma das diretorias, a de administração. Minha atuação será colegiada, claro, visando a região como um todo, mas com o olhar Revista DIÁRIO - Setembro 2015 - 45
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