Revista Diário - 9ª Edição - Agosto 2015

Revista DIÁRIO - Agosto 2015 - 12 Entrevista Revista Diário: O senhor conseguiu ganhar dinheiro nessa profissão, principalmente pelo pioneirismo no setor aqui no Amapá? Alberto Uchôa: Deixa‐me falar uma coisa pra você. Há muito tempo um empresário amigo meu disse que esse ramo de negócio que eu empreendi nunca me deixaria rico. Eu respondi a ele, depende da ótica que você vê a riqueza. E ainda questionei. O que você entende por riqueza, e o que é ser rico? Ter muito dinheiro? Muito amigos? Ter contribuído muito para o bem do povo? Você pode morrer pobre, mas pode ter construído muita coisa. Revista Diário: Então, plagiando o poeta, mais uma vez, “eu devia estar contente...”. É isso? Alberto Uchôa: É verdade. A música “Ouro de tolo”, do cantor e compositor Raul Seixas, traduz muito bem essa questão. Revista Diário: Qual a sua religião? Alberto Uchôa: Sou cristão. Acredito que existe vida em outras dimensões, que Marte é um planeta habitado, e afirmo que somos finitos, mas o mundo e a vida não. São infinitos. Por isso que busco alimentar a mente com os estudos, o espírito e o intelecto com conhecimento e leitura de bons livros. Revista Diário: Uma foto. Alberto Uchôa: Minha e de minha mãe. Revista Diário: Um time. Alberto: Botafogo Revista Diário: Quantos filhos? Alberto: (risos). Que eu sei, são dez. Revista Diário: Um amigo? Alberto Uchôa: Muitos. Mas tenho muita admiração pelo Luiz Melo (não sei se ele sabe disso), Antônio Munhoz, pessoa de uma intelectualidade fantástica. Meu amigo Rodolfo Juarez que idealizou e construiu a praça Barão do Rio Branco. Revista Diário: Uma mensagem. Alberto Uchôa: Os olhos das pessoas no espelho tornam a imagem doente, criando defeitos inexistentes. Revista Diário: Lembra de algum caso curioso nessa profissão de fotógrafo? Alberto: (risos) Conhece o Marcos Cardoso, empresário do comércio de produtos esportivos? Revista Diário: Sim Alberto Uchôa: Pois é, fui contratado e convidado especialmente para fazer a cobertura fotográfica do seu noivado. Então... fotos pra lá, fotos pra cá. No outro dia cheguei no Lumiérie e pedi para o funcionário que trabalhava comigo revelar os filmes. Quase morri quando ele veio até a mim, e disse: “Desculpe seu Alberto, mas aqui não tem filme nenhum. Lamento. Revista Diário: E aí? O que o senhor fez? Alberto Uchôa: Bem, infelizmente tive que dar a fatídica notícia ao meu grande amigo e inquilino. Resultado disso? Foi cancelado o noivado. (risadas) ● ● Alberto Uchôa é pioneiro, no Amapá, no ramoda fotografia. Ele é uma criatura culta, agradável, inteligente e atualizada.

RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=