Revista Diário - 9ª Edição - Agosto 2015

Revista DIÁRIO - Agosto 2015 - 40 O procurador do Ministério Público Federal, Thiago Cunha, ana‐ lisou que todos os danos ambientais apurados no rio Aragua‐ ri devem ser imputados aos criadores de búfalos e, eventual‐ mente, até mesmo ao estado, que colaborou para o dano ambiental, sendo omisso. Dia 31 de julho passado foi dada a informação de que o secretário estadual de meio ambiente, Marcelo Creão, designara uma equipe do órgão para in loco verificar a situação no Araguari como intuito de lo‐ go tomar providências cabíveis. Reportagem de televisão descreve que a partir de determinado ponto do Araguari nenhum tipo de embarcação passamais, pormenor que seja. Antes, ainda de acordo comamatéria, a profundidade do rio era cinco/seis metros. A foz do Araguari, onde ele desaguava e se en‐ contrava com o oceano Atlântico, formando a pororoca, fica a 20 qui‐ lômetros de lá. Todo esse percurso era navegável. Agora, a vegetação está começando a cercar a área. O rio fechou de vez. O mato está to‐ mando conta do lugar onde antes só era água. Iraçu Colares, o presidente da Faeap, nega que em torno de 70 mil búfalos povoam a região do Araguari, como afirma o ambienta‐ lista Antônio da Justa Feijão. Para ele, que também é pecuarista, o número de bubalinos está entre 20 mil e 25 mil cabeças. À margem esquerda do rio, onde se encontra a Reserva Biológica Lago Pira‐ tuba, existem cerca de dez fazendas pecuaristas, e outras tan‐ tas no lado direito do rio. Aatividade pecuária tendo o rioAraguari como dádiva nas proximidades da costa oceânica começou na segundameta‐ de dos anos 1970, incentivada pelo Polamazônia, um dos muitos projetos federais para a regiãoNorte que acabaram não cumprindo plenamente com as suas finalidades. ● Desequilíbrio jogado na conta de criadores debúfalos e do governo do estado ● No lugar de parte do rioAraguari surge umdeserto de areia. MeioAmbiente

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