Revista Diário - 9ª Edição - Agosto 2015

Revista DIÁRIO - Agosto 2015 - 74 Kayan Nunes de Sousa nasceu emConcórdia, no Pará. Veio paraMacapá aos doismeses de idade, trazido pelos pais Elias e Rosenilda, e acompanhado do irmão Fabrício, então com três anos. Desde aí o hoje jovemde 20 anos não saiu deMacapá, mas agora se encontra nos Estados Unidos, emOrlando, famosa por suas atrações turísticas, comoWalt DisneyWorld Resort, Universal Orlando Resort e SeaWorld Orlando. A ida de Kayan para o país de Tio Sam foi pensada por ele desde quando tinha 13 anos de idade. Através de revistas e, depois, também por meio da internet, leu vorazmente tudo que encontrou sobre os Estados Unidos. Tornou‐se, em tese, um espe‐ cialista do país mais desenvolvido do mundo. Assim, Orlando se tornou uma das suas paixões. Ao mesmo tempo em que estuda‐ va o United States of the America, o então adolescente aprendia a língua do país. Sentindo que levava jeito para o aprendizado de idiomas, Kayan tam‐ bémaprendeu Espanhol e, de sobra, o Mandarim, um dos dialetos chineses. O detalhe fenomenal nisso tudo é que o infante aprendeu tudo sozinho. Ele é autodidata. O máximo que passou numa escola de línguas foram cinco meses. Saiu porque constatou que o currículo da escola estava muito aquém do que ele já sabia do Inglês. Tem o Ensino Médio completo. Nervosa, triste e chorosa por cau‐ sa da inesperada viagem do filho, Ro‐ senilda, a mãe, revela que foi a única confidente do plano de Kayan ir para os Estados Unidos. “Meu filho não ti‐ nha o sonho de conhecer pessoalmen‐ te esse país, mas planos. Primeiro, es‐ tudou tudo sobre os Estados Unidos, aprendeu a língua, economizou di‐ nheiro, providenciou passaporte, comprou a passagem e chegou comi‐ go, assim, de ummomento para o ou‐ tro: “Mãe, já viajo amanhã para os Es‐ tados Unidos, para Orlando”. “Foi umchoque pramim”, confessa dona Rosenilda acompanhada doma‐ rido Elias, o “Ceará”, um pai também triste e choroso, homemcomuma bo‐ nita história pra contar. Ele chegou no Porto do Grego, emSantana, emoutu‐ bro de 1995, com a mulher e os dois filhos, tendo apenas 70 reais no bolso. Desembarcou e pediu ao comandante da embarcação que caso não voltasse até o dia seguinte, poderia levar amu‐ lher e os filhos de volta para o Pará. ● Jovemaprende línguas, sozinho, e segue praOrlando Texto: Douglas Lima - Fotos: Marcones Brito ● Orlando, bela cidade norte- americana, admiradapelos seus parques temáticos. Superação

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