Revista Diário - 9ª Edição - Agosto 2015

Revista DIÁRIO - Agosto 2015 - 76 Segundo oMinistério das Cidades, o Brasil, em2010, apresentava carência de 6,94milhões de habitações. Deste total, 85%estavamemáreas urbanas e 15%emáreas rurais. Essas informações são parte da Publicação Déficit Habitacional Municipal no Brasil, de 2010, fruto de parceria entre a Fundação João Pinheiro (MG) e a Secretaria Nacional de Habitação doMinistério das Cidades. D e 2010 para cá muita coisa mudou, pois o esforço do governo federal na diminuição do déficit ha‐ bitacional foi bastante significativo, embora mui‐ tas unidades contratadas ainda se encontrem em fase inicial, por ter sofrido constantes interrupções nos re‐ passes financeiros, o que tem atrasado o cronograma das obras, porém as áreas urbanas do país que antes concentravam em torno de 85% de carências, apesar da queda, ainda concentram índices elevados de mora‐ dias em todo o país. Ametodologia utilizada considerou como integrante do déficit habitacional qualquer domicílio amostrado emque ocorre uma das seguintes quatro situações: habitação pre‐ cária (domicílios improvisados ou rústicos), coabitação fa‐ miliar (soma dos cômodos e das famílias conviventes com intenção de construir umdomicílio exclusivo), ônus exces‐ sivo de aluguel (superior a 30%da renda familiar) e aden‐ samento excessivo de moradores em imóveis alugados (mais de três moradores por dormitório). Em termos absolutos, os maiores déficits habitacio‐ nais estavam nos estados mais populosos, como São Paulo (1,495 milhão de unidades), Minas Gerais (557 mil), Bahia (521 mil) e Rio de Janeiro (515 mil), além do Maranhão (451 mil). Na outra ponta, Roraima (25 mil), Acre (34 mil), Amapá (35 mil), Rondônia (58 mil) e Mato Grosso do Sul (86 mil) tiveram os menores dé‐ ficits, em razão, sobretudo, da população reduzida. O resultado é diferente ao se analisar os valores re‐ lativos. Nesse caso, a maioria dos estados da região Norte e o Maranhão, no Nordeste, estavam em pior si‐ tuação. Os déficits relativos eram de 27,3% para o Ma‐ ranhão, 24,2% para o Amazonas, 22,6% para o Amapá, 22% para o Pará e 21,7% para Roraima. Os mais bem colocados no déficit habitacional relativo foram o Rio Grande do Sul (8,4%), Paraná (8,7%), Santa Catarina (9%), Minas Gerais (9,2%) e Espírito Santo (9,6%). ● Pesquisas apontam quedano déficit habitacional doAmapá Texto: Paulo César Gonçalves Moradia ● Conjunto Mucajá, uma das primeiras obras habitaconais comrecursos do governo federal e execuçãopelo municípiode Macapá.

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