Revista Diário - 9ª Edição - Agosto 2015

Revista DIÁRIO - Agosto 2015 - 81 D esde a chegada do Pime, ex‐ pressões como “os padres ita‐ lianos” ou “os missionários italianos” passaram a fazer parte do cotidiano da gente amapaense. Pela sua liderança junto aos colegas, Aris‐ tides Piróvano foi nomeado pelo pa‐ pa Pio XII o superior do instituto no Amapá, ainda em 1948, e em 1950, após a criação da Prelazia de Maca‐ pá, ocorrida em 23 de março de1949, tornou‐se administrador apostólico e, finalmente, bispo prela‐ do, em 21 de julho de 1955. Vários outros sacerdotes vieram da Itália, em diferentes épocas, e fi‐ zeram história. Foram afeiçoando‐ se ao Amapá e vice versa, interagin‐ do na medida do possível com ou‐ tros credos. Até à criação da Prelazia de Ma‐ capá, os católicos amapaenses esta‐ vam jurisdicionados à Prelazia de Santarém. Com avinda do Pime, o catolicismo do Amapá ganhou iden‐ tidade própria. Foram muitos os padres em diferentes épocas: Dário Salvalaio, Gaetano Maiello, Angelo Biraghi, Vicente Fumarolo, Rogério Alicínio, Paulo Coppi, José Busato, Dante Bertolazzi, Raul Matte, Gae‐ tano Amico, Paulo Lepre, os irmãos Fulvio e Franco Giuliano e Luigi Carlini e Gianfranco Picozzi, entre tantos outros. Alguns religiosos vie‐ ram ainda seminaristas, e se orde‐ naram padres no Amapá. Alguns deixaram o sacerdócio, e sem aban‐ donar o catolicismo, casaram e for‐ maram famílias. Dom José Maritano aqui chegou em dezembro de 1965 e assumiu o Bispado em março do ano seguinte, substituindo o amigo Aristides Piró‐ vano. Permaneceu à frente do catoli‐ cismo amapaense quando a Prelazia de Macapá foi guindada à dignidade de Diocese em 30 de outubro de 1980, através da bula Conferentia Episcopalis Brasiliensis, assinada pe‐ lo Papa João Paulo II. Outro membro destacado do ins‐ tituto foi o missionário leigo Marcelo Cândia, conhecido como “Empresá‐ rio dos Pobres” e que escreveu seu nome na história do Pime do Amapá e da Amazônia por ter realizado em‐ preendimentos em favor dos menos aquinhoados, tendo construído o Hospital Escola São Camilo e São Luiz, que virou referência em saúde no Amapá, além de ter realizado tra‐ balho admirável juntos aos hanse‐ nianos, em Belém (PA), nos leprosá‐ rios da Colônia do Prata e Tucundu‐ ba, entre outros trabalhos de notável dimensão humana. Alguns missionários faleceram no Amapá e passaram a denomi‐ nar, com muita justiça, escolas, vias públicas, logradouros, entida‐ des e agremiações culturais, entre outras vertentes religiosas e socio‐ culturais. ● Omissão: Amatéria “Municí- pios do Amapá: quintais de dentro aumentam de tamanho sem sair do lugar”, publicada na Edição nº 7 da Revista Diário, é de autoria do professor Célio Alício. Na pu- blicação da matéria omitimos o nome do autor. ● Antônio Cocco ● Marcelo Cândia ● Aristides Piróvano ● JorgeBasile ● Paulo Lepre ● Vitório Galliani

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