Revista Diário - 9ª Edição - Agosto 2015
Elayne Cantuária, titular da 2ª Vara de Família da Comarca de Macapá. Ela explica que por dever de ofício deixa de lado a polêmica, os dogmas de sua religião, para agir como agen‐ te do Estado. “Que é umEstado laico, ou seja, não tem religião oficial, por‐ tanto devemos agir garantindo a iso‐ nomia que a mais alta corte judicial do país já determinou, qual seja, a de que os casais homoafetivos possam ter o direito de oficializar sua união estável, compartilhar bens móveis e imóveis, plano de saúde, enfim, ter uma vida a dois”, diz a magistrada. Ela confirma para o dia 26 de se‐ tembro a celebração civil do casamen‐ to gigante. Emgrande estilo, noMarco Zero do Equador, com todas as prer‐ rogativas de proclamas, regime de bens, regime de casamento, enfim, as mesmas bases legais. “Essa conquista não nasceu de uma lei, foi a partir de uma interpretação do Supremo Tri‐ bunal Federal, e devagarzinho essas proteções legais foram sendo dadas pelo Judiciário. Estamos apenas cum‐ prindo nosso papel”, conclui. ● Revista DIÁRIO - Agosto 2015 - 9 ● A juíza de direito Elayne Cantuária é a coordenadora do primeiro casamento compessoas domesmo sexo noAmapá, e se diz satisfeita como alcance da ação. Foto Divulgação
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