Revista Diário - 13ª Edição - Fevereiro 2016
Z eca Cajazeira, homem ativo, em‐ preendedor, do tipo de pessoa que gosta de influenciar no meio em que vive, foi fazendeiro, pe‐ cuarista, comerciante, inclusive pio‐ neiro em algumas áreas dessa última atividade... e vereador. Ainda hoje, muitos no Amapá lem‐ bram da Fazenda Livramento, perten‐ cente à família Cajazeira, apesar de a propriedade já não mais pertencer ao clã. Foi lá que o batizado como José Cajazeira Pantaleão Ferreira nasceu, e só saiu aos 17 anos de idade para servir a Aeronáutica. Entre os conhecidos de Zeca corre a afirmativa de que ele não seria nin‐ guém sem a professora Walkyria Al‐ meida de Barros Ferreira. Os dois se conheceram na localidade Queima‐ das, um dos redutos da Fazenda Cu‐ puzal, também propriedade dos Caja‐ zeira com área de dois mil hectares. Nomeada pelo então governador do território federal do Amapá, Jana‐ ry Nunes, para lecionar no Bailique, professora Walkyria foi cobrir uma emergência educacional em Queima‐ das, questão de pouco tempo, para depois seguir uma viagem que não aconteceu porque se viu seduzida pe‐ lo amor e paixão do Zeca. Da união nasceram cinco filhos – psicóloga e professora da Unifap, Nor‐ ma Iracema; capitão bombeiro José Afonso; funcionário da Funasa, Valdo‐ miro Job; professora Regina de Nazaré e professora Deusalina. Luiz Carlos Pan‐ taleão Ferreira, sobrinho de Zeca, desde os sete anos de idade foi criado pelo tio e professora Walkyria. Na família, ele é tido como o irmão mais velho. Como fazendeiro, Cajazeira plantou arroz, frutas e legumes. Inclusive che‐ gou a exportar arroz para Macapá. Fa‐ rinha também está na lista das produ‐ ções do empreendedor. Ele ainda atuou como marchante no mercado de carnes. Foi o primeiro vendedor de gás de cozinha do município de Amapá. José Cajazeira Pantaleão Ferreira nasceu, cresceu e se tornou jovem sempre morando na fazenda Livra‐ mento, de onde saiu aos 17 anos de idade para servir à Aeronáutica na Base Aérea do Amapá. Ainda servindo à FAB, mas com o fim da Segunda Guerra Mundial, e como com isso a Base Aérea perdera a sua finalidade, ele passou a trabalhar nas vizinhas colônias agrícolas de Piquiá, Carnot e Cruzeiro. ● Gente Texto: Douglas Lima José Cajazeira Pantaleão Ferreira, hoje com 88 anos de idade, é uma legenda na história do município de Amapá,cuja sede chegou a ser planejada para ostentar onome de capital do então novel território federal do Amapá. A canção de CAJAZEIRA Revista DIÁRIO - Fevereiro 2016 - 10
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