Revista Diário - 13ª Edição - Fevereiro 2016
Revista DIÁRIO - Fevereiro 2016 - 21 ViverBem DoutorCláudioLeão, clínico geral Bornout, a síndrome A síndrome de Burnout é uma nova doença caracterizada por um estado de stress crônico, manifestada por irritabilidade e alteração do humor, e queda da motivação profissional. Descoberta por Freuderberger, é diferente do stress convencional, pois a burnout contamina os membros da equipe. Entre as categorias de profissionais que mais sofrem desta nova síndrome se encontram os profissionais de saúde, de educação e de segurança. Em comum, o ritmo de trabalho, as horas extras e as contínuas cobranças são os fatores que ajudam a desencadear a síndrome. As repercussões econômico e trabalhistas desta síndrome foram pesquisadas pelo International Stress Management Association Brazil, e revela que sete em cada dez trabalhadores brasileiros sofrem algum tipo de stress, e que 30% desses apresentam nível crônico, provocando um prejuízo de quase 4,5% do PIB nacional. Então, a síndrome de burnout se constitui em verdadeiro desafio para a medicina do trabalho. O sintomas iniciais desta síndrome muitas vezes não são característicos, e o tratamento depende das necessidades individuais do portador. Associado á depressão, que segundo dados do OIT, Organização Internacional do Trabalho, já em 2030 será a doença mais comum do mundo, o que deverá elevar os custos das empresas. Portanto, o cenário futuro será de grande preocupação para a Medicina do Trabalho, pois 70% das pessoas economicamente ativas possuem algum tipo de sequela, como doenças crônicas, depressão, obesidade e LER/Dort. Manter o trabalho como atividade de produção e satisfação pessoal é um grande desafio para a Medicina, e para não transformar o trabalho em excesso em gerador de doença e prejuízo à Nação brasileira. ● Cláudio Leão Doutor Cláudio Leão, Clínico geral e coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Camilo.
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