Revista Diário - 13ª Edição - Fevereiro 2016

N a hora do “parabéns pra você” Maroca estava cercada de crianças, netos, bisnetos, jovens e velhos conhecidos. Todos queriam abraçar a grande homenageada, sempre cercada de muito carinho e gratidão. Entre os que estavam no local, a Rainha da 51ª Expofeira Agropecuária, Jeniffer Pinheiro. Maria Ferreira do Rosário, popularmente conhecida como Tia Maroca, nasceu no dia 8 de novembro de 1930, em Fazendinha, distrito de Macapá, capital do estado do Amapá. Seu pai, Raimundo Januário, era um conhecido fazendeiro, e sua mãe, Dona Maria, devota do lar. Maroca teve somente um filho, José Ferreira do Rosário, 62 anos, sargento aposentado da Polícia Militar do Amapá. Há também os filhos de criação Aldine Mesquita e Ronaldo do Vale. Da união do conhecido Sargento Ferreira com Helena, que para Maroca é como uma filha, nasceram quatro netos: Eliane, Josiane, Shirley e Josimar. Depois vieram os bisnetos Andressa do Rosário, filha de Eliane, e Maicon e Marley do Rosário, filhos de Shirley. Ainda muito jovem, Maria do Rosário começou a ter visões e chamados. Sentia‐se sempre envolvida por uma Força Espiritual que constantemente lhe alertava para a missão a cumprir. Mas que missão era essa? E por que logo ela, tão jovem, a escolhida para tratar de seu povo? Inicialmente, muito relutou. A aceitação Gente Maroca demuito faz parte do universo cultural popular amazônico. Dominava como poucos o conhecimento e a aplicação das plantas, ervas e raízesmedicinais, a velhamedicina popular de nossos antepassados. Recentemente, fez 90anos, bemvividos, por sinal. Mas a fatalidade tomou conta dela em31 de dezembro passado. Antes de ser chamada para o andar de cima, a comemoração de seu aniversário, em8 de novembro, mobilizou parentes e velhos amigos, não só deMacapá, como tambémde Belém, Maranhão, Caiena e comunidades interioranas vizinhas. Moradora hámais de 50anos do bairro Beirol, lá tudo foi alegria no domingo à noite. A rua onde residia ficou praticamente fechada por carros para as comemorações. Ahomenagemfoi ecumênica, comexpressões de gratidão, tanto de evangélicos como de católicos e espíritas. Tia Maroca Texto: Wellington Silva Revista DIÁRIO - Fevereiro 2016 - 22

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