Revista Diário - 13ª Edição - Fevereiro 2016

Revista DIÁRIO - Fevereiro 2016 - 66 Religião ma da Irmã, visitavam-na a cada instante. Retiravam-se edi- ficados e maravilhados pelo testemunho tocante desse Irmã ainda adolescente sofrendo e sorrindo ao mesmo tempo! ‘Poucoapouco, a cor amarelo-esverdeadada Irmã ia desaparecendo. Sua cor natural , alva, levemente rou- xeada, pareciaestender-sedenovosobreoseucorpoen- fraquecido. Seus lábiosperderamotomazuladoese tor- naramencarnados.Seolharficoubrilhante... Eradenovo a jovemreligiosa doce emeiga que reaparecia comtodo o encanto de seus 17 anos!’ ‘Desde este momento, ela parecia ter absoluta certeza de sua morte que chegava. E repetia para Padre Júlio Maria: – Vovô, peço-lhe, fique aqui... é a hora... sua filha vai mor- rer!’ ‘Meu Deus, meu doce Jesus, eu vos ofereço a minha vida e aceito a morte na hora marcada pela vossa bon- dade. Aceito-a para minha própria salvação e o bem da nossa Congregação.’ ‘Padre Júlio, bastante emociona- do, ao ver que se aproximava a derra- deira hora, falou: – Minha filha, sê no Céu a nossa protetora e intercessora perto de Ma- ria. Ela respondeu commuito esforço: – Ó sim, sim, pedirei para todas as irmãsmuito amor e generosidade. Não me esquecerei de nenhuma das obras da Congregação. Não fiz nada durante a minha vida, mas espero ser útil de- pois de minha morte... Vovô, vovozi- nho, reze pormim. Diga a Jesus que te- nha compaixão de mim e que me re- ceba como sua pequena esposa.’ ‘Vovozinho, exclamou ela, de repente, não é hora, ainda? Vovozinho,me avisequando for ahora, sim?Es- peroqueaVirgemMaria,minhaMãe,me leveparaoNos- so Senhor!’ ‘E levantando amão, numgesto de doçura emeiguice, ace- nou para o Padre Júlio e Irmã Nazaré, repetindo: – Adeus... Adeus. De repente, fixando seu olhar no alto,, sorriu... Sorriu dife- rente. Algum coisa revelava já a vida divina! Padre JúlioMaria narrou o viu: –Olhei... vi queeraofim...masvi outracoisaquenem posso descrever, tão rápido, tão extraordinário e tão inexplicável era o que tinha diante dos olhos. Pareceu-me umrelâmpago, quenãomedeixou tem- po de analisar os fatos. Apenasa IrmãMariaCelestehaviapronunciadoono- medeMaria, oseu rostose iluminou. Vi os seusolhos ar- regalados como soltando raios de luz. Ela estendeu os braços que, momentos antes, esta- vamrígidos. Sentou-sena cama, comopara contemplar uma visão celeste. Ocorpose levantoude repente, comosobpressãode uma mola poderosa, enquanto sempre de braços aber- tos ela fixava comolhar ardente umponto fixo no ar.’ ‘Notei que o olhar brilhante cingiu-se de umcírculo rouxea- do, depois azulado. Ouvi um leve suspiro escapar da sua gar- ganta. Vi a cabeça se inclinar para o lado... e Irmã de Nazaré lhe segurar o corpo e deitá-lo de novo na cama.’ ‘Sua vida se transformara!!! IrmãMariaCeleste jánãohabitavamais nesta terra! Para sempre do Céu! Para sempre Celeste!’ ‘Irmã Maria Celeste, no ardor, no entusiasmo e na energia de seus 17 anos, inda adolescente, acabava de partir, de assumir a vida plena de Deus! Deixava na terra, emMacapá, dei- xava entre suas irmãs, colegas e ami- gos as marcas de uma menina, de uma adolescente que soube entre tantas outras opções dar um sim à verdadeira vida – seguimento a Jesus Cristo.’ ‘Na idade em que tantos ou- tros jovens se entregamàs passa- geiras alegrias humanas, ela teve coragemdizer: – Eu serei uma Santa, custe o que custar! ‘Padre Júlio começou a escrever a biografia de Irmã Celeste. De volta para Macapá, completou os capítulos.’ Pouco a pouco foi espalhando-se no meio do povo umaverdadeiradevoçãoparacomaSanta IrmãCeleste, como a chamavam. A notícia foi espalhando-se por todo o Brasil. Padre JúlioMariacomeçoua receber cartasnarrandocurasmi- lagrosas, solicitando informações, fatos, etc..’ ‘Os restosmortais de Irmã Celeste acabavamde chegar em Macapá. As Irmãs e o Fundador haviam preparado uma urna commuito carinho, saudades... e também alegria! Guardaramos ossos n urna e depois levaram-na para a ca- pela do Convento emMacapá. Fizeram algumas orações, can- taram...’ ‘Criança, adolescente ou jovem, esta é uma história que pode até se parecer coma sua, desde que você diga simà vida, desde que você se encante por Jesus eMaria, e a partir daí faça o seu projeto de vida!’ ●

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