Revista Diário - 13ª Edição - Fevereiro 2016
N a análise do governador Waldez Góes, as conces‐ sões florestais constituem um ótimo atrativo para nstalação de indústrias no Amapá, principalmente do setor moveleiro. Ele explica que, com a Zona Franca Verde (ZFV), uma empresa que use a madeira como ma‐ téria prima se beneficiará dos incentivos fiscais. Em con‐ trapartida, o funcionamento desse empreendimento vai abrir oportunidades de emprego para a mão de obra lo‐ cal. Como os produtos industrializados na ZFV tendem a ser mais baratos, o comércio amapaense também pode se beneficiar, pois as lojas de móveis, por exemplo, fica‐ riam mais estimuladas a aumentar o estoque. Esse ciclo compreende uma cadeia de geração de postos de traba‐ lho e serviços, que naturalmente aumentariam a arreca‐ dação do estado – o que significa mais recursos para in‐ vestimentos em áreas como Saúde, Educação e Seguran‐ ça Pública. “A nossa biodiversidade é muito rica. Temos muita matéria prima florestal, produtos madeireiros e não ma‐ deireiros, pesqueiros e minerais. Por muitos anos, o Ama‐ pá apenas exportou os produtos in natura, e o processa‐ mento desta matéria prima agregava valor e gerava em‐ pregos fora do Amapá. Ou seja, as nossas riquezas gera‐ vam benefícios não para o povo amapaense. Agora este cenário vai mudar”, analisa o governador. O superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), José Carlos Alvarenga, também vê a abertura de novos mercados para quem quiser empreender. Ele destaca a soja e o petróleo co‐ mo produtos que agora, a partir da ZFV, devem aumen‐ tar ainda mais o interesse de empresas processadoras no Amapá. Para exemplificar o potencial que o incentivo da ZFV traz ao Amapá, ele lembra que existem centenas de pro‐ dutos industrializados derivados do petróleo. Eles vão desde o combustível à lixa de unha. E é exatamente essa variedade de fábricas que pode vir a compor o parque in‐ dustrial do Amapá que os pequenos empreendedores po‐ dem tirar proveito. “Quando um grande negócio se ins‐ tala, abrem‐se oportunidades porque para o seu funcio‐ namento ele precisa de outros serviços. A alimentação, por exemplo, é uma área que pode ser explorada. Os fun‐ cionários das indústrias precisam comer. Uma indústria precisa de peças para manutenção de seu maquinário. Surge então outra oportunidade. É um leque muito gran‐ de”, avaliou Alvarenga. ● Política Concessõesflorestais surgemcomo atrativos para indústrias moveleiras ● JoséAlvarenga, superintendente doSebrae-AP “Quando um grande negócio se instala, abrem-se oportunidades porque para o seu funcionamento ele precisa de outros serviços”… Alvarenga. Revista DIÁRIO - Fevereiro 2016 - 74
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