Revista Diário - 14ª Edição - Março 2016
v v Comportamento A atual crise econômica e política que o povo brasi‐ leiro está sendo obrigado a enfrentar nos últimos tempos certificam que a tradição da gestão políti‐ ca brasileira tem status de centralizadora e ditadora, “o querer fazer de qualquer jeito”, ou o famoso “jeitinho” brasileiro. Isso sustenta a ideia de um país sem a prática de um Estado regulador, e também sem promover polí‐ ticas sociais, e muito menos viabilizar espaços para o diálogo com a sociedade civil. Insistindo na cultura do voto de cabresto, essa forma de gerir o país o conduz ao atraso, e ao caos social. É obvio que a situação vigente no Brasil tem caráter mais político que econô‐ mico, o que não deixa uma coisa ser dissociada a outra. No momento, o sistema político do país trava uma verdadeira bri‐ ga pelo poder e dinheiro, o que deixa tudo enges‐ sado. Os competidores (os políticos) estão amar‐ rados por acreditar que existem poderes além de‐ les (órgãos jurídicos), o que foi comprovado pe‐ los últimos acontecimentos ocorridos em Brasília no fim de 2015, deixando o povo brasileiro atônito e ainda mais amedrontado com o futuro econômico que vem por aí. Da mesma forma, o empresariado brasileiro insiste em brigar entre si. As instituições que os representam mais parecem verdadeiros cartéis, muitos terminam por se aliar a políticos, praticando a politicagem, em vez de contribuir com ações que possam realmente provocar um cenário produtivo ao país. Aliás, os grupos corpora‐ tivos são os que mais mamam no governo, aí estão os es‐ cândalos com as empreiteiras recebendo diversas no‐ menclaturas, ‘Mensalinho’, ‘Mensalão’, ‘Lava Jato...’. ● AFINAL,... Quepaís é esse? Então é isso... O Brasil mostrou sua cara. Pior! Mostrou quem é que paga, qual realmente é o seu negócio, quais são os seus sócios, e infelizmente não acreditou emmim, e muito menos no seu povo. Apesar da História do Brasil trazer em seu bojo resultados positivos de crescimento, quando baseado na sua pouca idade (umpouco mais de meio milênio), comparado proporcionalmente às grandes potenciais mundiais, inclusive chegando na década dos anos 1980 a assumir o oitavo lugar do PIB industrial do mundo, ou seja, o que muitos países levaram séculos para fazer, o Brasil fez empouco tempo. ● Briga pelo poder edinheiro, infelizmente umamarca brasileira. Texto: Nira Brito Revista DIÁRIO - Março 2016 - 18
RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=