Revista Diário - 14ª Edição - Março 2016

Revista DIÁRIO -Março 2016 - 21 ViverBem DoutorCláudioLeão, clínico geral Doutor Cláudio Leão, Clínico geral e coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Camilo. Aterosclerose coronariana U ma verdadeira inimigapara a saúdedahu‐ manidade é a aterosclerose coronariana, substrato para as principais doenças car‐ diovasculares, tal qual a doença arterial corona‐ riana, a hipertensão arterial, insuficiência cardía‐ ca congestiva e o acidente vascular cerebral, as principais causadoras de morte e incapacidade em indivíduos idosos nomundo ocidental. Só nos Estados Unidos o número de mortes por doença cardiovascular (DCV) é de quase um milhão a cada ano; O custo estimado do trata‐ mento foi de 393 milhões de dólares em 2005. O futuro traz aumentos na incidência da DCV. Is‐ so é particularmente problemático na medida em que a população envelhece. O censo dos EUA projeta que cerca de um emcada quatro indivíduos terá 65 anos oumais até 2035, e os indivíduos com mais de 65 anos são 2,5 vezesmais propensos a ter hipertensão, e são quatro vezes mais vulneráveis à hiperten‐ são arterial, além de quatro vezes propensos a ter doença arterial coronariana do que aqueles na faixa de 40‐49 anos de idade. Apesar de a prevalência de doença ateros‐ clerótica continuar a aumentar nos países de‐ senvolvidos, as taxas de mortalidade por doença cardiovascular têm diminuído em mais de um terço nas últimas duas décadas. Esse efeito se deve a estratégias de prevenção primária e secundária e à melhora nos cuida‐ dos e na reabilitação dos pacientes com doen‐ ça aterosclerótica. A despeito dessas novidades encorajantes, as doenças ateroscleróticas permanecemcomo um grande desafio médico, por vários motivos. Muitas estratégias preventivas envolvem alte‐ rações do estilo de vida e testam a obediência até mesmo dos mais devotados pacientes. A doença em si progride silenciosamente por décadas. Antes que os sintomas apareçam, a apresentação clínica da doença aterosclerótica inicial geralmente é catastrófica, como o infarto do miocárdio, acidente vascular cerebra ou a morte súbita cardíaca (MSC). O diagnóstico de doença aterosclerótica, em particular por meio de métodos não invasivos, é imperfeito, e as manifestações clínicas dessas doenças com frequência são sutis e facilmente confundidas com causa mais benignas. Portanto, embora o diagnóstico e o trata‐ mento das doenças ateroscleróticas permane‐ çam de suma importância, a promessa de avanços futuros está na compreensão mais de‐ talhada da aterosclerose, levando a um diag‐ nóstico e prevenção mais precoces que são, ao final, mais efetivos. ●

RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=