Revista Diário - 14ª Edição - Março 2016

José Ferreira Teixeira, emfins do século XIX, percorreu todos os locais doAmapá, então longínquo território do estado do Pará. Ele ajudou, aplicando a justiça, Cabralzinho a lutar pelo direito do rioAraguari pertencer ao Brasil. Texto: Douglas Lima - Fotos: Ascom/Tjap Asagade umjuiz dedireito itinerante Justiça J ustiça do Amapá hoje se destaca nomundo, dentre vá‐ rios motivos, pelo serviço itinerante que realiza, indo onde até há bem pouco tempo era impensável, uma forma de aproximação do Poder Judiciário como povo, ra‐ zão das muitas distinções e reconhecimentos nacionais e internacionais que o Tjap tem recebido. A Justiça Itinerante no estado do Amapá começou ofi‐ cialmente em 22 de março de 1996 com realização da 1ª Jornada Itinerante Fluvial. Tendo apoio da Marinha do Brasil, naquela ocasião a Justiça do Amapá levou serviços jurisdicionais a comunidades interio‐ ranas de várias localidades do estado, mais precisamente no arquipélago do Bailique, 12 horas de viagem de barco, onde foram prestados aten‐ dimentos jurídicos às aglomerações ribeirinhas. Hoje, os serviços itinerantes fluviais do Tribunal de Justiça do Amapá já são 118. Mais de cem jornadas sin‐ grando o gigantesco rio Amazonas e afluentes, ematendi‐ mento a populações ribeirinhas, isso sem contar as diver‐ sas itinerâncias terrestres na capitas e emmunicípios cu‐ jos acessos ocorrem por terra. “A boa justiça pode ser feita embaixo de uma árvore, em um centro comunitário ou até mesmo dentro de um barco. A Justiça Itinerante vem justamente quebrar esse paradigma, sendo umdivisor de águas entre um Judiciário tido como inacessível e uma Justiça que bate à porta do ribeirinho”, comemora a atual presidente do Tjap, desembargadora Sueli Pini que quando ainda juí‐ za foi uma das pioneiras desse trabalho que dig‐ nifica o cidadão. ● ● Por meio de embarcação, a Justiça amapaense singra rios para levar serviços ao povo ribeirinho. Revista DIÁRIO -Março 2016 - 34

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