Revista Diário - 14ª Edição - Março 2016
Revista DIÁRIO -Março 2016 - 38 Justiça meação, cujo título guardo emmeu arquivo: ‘OTriunvirato do Amapá, eleito unanemente pelo povo reunido em solene assembléia aos 27 de dezembro de 1894, faz saber aos que esta Carta Patente virem que por Decreto nº 2 de 27 de dezembro concedeu por mereci‐ mento as honras do posto de General Protetor do Exército Amapaense ao cidadão brasileiro, Dr. José Ferreira Teixeira que gozará de todas as regalias, prerrogativas, isenções e franquias, que de direito lhe competirem. Pelo quemanda a todas as autoridades de sua jurisdição que assimo reco‐ nheçam, honrem e estimem. Em firmeza que passou‐lhe a presente Carta que vai assinada pelosmembros do Triunvirato e selado como se‐ lo oficial. Dada aos vinte dias do mez de junho de 1895. General Francisco Xavier da Veiga Cabral – Presidente Cel. Desiderio Antônio Coelho – Vice‐Presidente Major Raimundo Antônio Homes – Secretário Selo – Território Amapaense – Triunvirato do Amapá – 27 de dezembro de 1894, Brasil. Registrado às fls. 44 do Livro de Registro de Patentes. O Secretário Alferes – Rai‐ mundo Pimenta’ Esta patente me foi enviada com o seguinte ofício: ‘Cidade do Amapá, em 10 de julho de 1895. Exmo. Sr. Dr. José Ferreira Teixeira Tenho a honra de enviar a V. Excia. a patente de general Protetor do Exército Ampaense que por vossos reconhe‐ cidosmerecimentos de patriotismo foi‐vos conferida pelo Governo do Triunvirato do Amapá, do qual seu digno Pre‐ sidente o General Francisco Xavier da Veiga Cabral, hoje governador deste vasto e rico território. Permiti que eu vos saúde por tão exuberante prova de reconhecimento ao vosso imaculado caráter. Saúde e Fraternidade Raimundo Rodrigues Pimenta Alferes Secretário’ Veiga Cabral convidou o Governador do rio Cuna‐ ni, instituído pelos franceses de Cayena. Era ele o pre‐ to Domingos, filho de Vigia, onde foi escravo eu fugiu aos seus Senhores e foi residir no território Contes‐ tado do Amapá. Domingos atendeu ao convite de Vei‐ ga Cabral. E assim terminou essa velha pendência entre Brasil e França. Devemos essa glória, principalmente a Veiga Cabral, que encontrou em minha pessoa um compa‐ nheiro decidido e convicto, desde 1891. Não deixei um só desafeto em minha Comarca e era bastante estimado pela população em geral de quem recebi inúmeras provas de estima e respeito. No exer‐ cício do cargo, cumpri meu dever prestigiando e ele‐ vando sempre o princípio de autoridade, para tornar‐ me digno dele e das funções que me foram confiadas. Sempre reagi energicamente contra todos aqueles que pretenderam diminuir o princípio de autoridade. A meu pedido o Tribunal de Justiça do estado, por Acórdão de 15 de março de 1899, declarou‐me em dis‐ ponibilidade no cargo de Juiz de Direito da Comarca de Macapá. As atividades descritas, do Juiz José José Ferreira Teixeira, representam importante complemento à co‐ rajosa e brava campanha desenvolvida por Veiga Ca‐ bral, o Cabralzinho, pois a legalização das posses dos brasileiros constituiu fator decisivo na arbitragem que resultou no reconhecimento da posse do Brasil sobre aquelas áreas. Belém, 1º de setembro de 1985 Uma contribuição dos filhos remanescentes Irene, José, Oscar, Atalá e Mário Teixeira. ●
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