Revista Diário - 14ª Edição - Março 2016
Revista DIÁRIO -Março 2016 - 42 Esportes N o momento em que o mundo vibra com mais uma realização de Jogos Olímpicos é saudável lembrar a figura de tantos heróis que deixaram marcas inapagáveis na memória dos desportistas e em toda a população mundial. É o caso do tcheco Emil Zatopek, a ‘Locomotiva Humana’, dos americanos Jesse Owens e Mark Spitz e da romena Nadia Comaneci, sem esquecer, naturalmente, o brasileiro Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão no salto triplo com todas as honras e lugar cativo dentre os grandes mundiais. A glória sempre bafeja os bons serviços prestados ao esporte, mas, às vezes, não iguala no tom de grandeza outros que tiveram enorme destaque. Nesse caso está Silvio de Magalhães Padilha, que se notabilizou na carreira militar e que também brilhou nas pistas atléticas e nos gabinetes, criando regras de comportamento. O major de exército Padilha tem hoje uma avenida com seu nome no centro da capital paulista, em reconhecimento de atleta participante das Olimpíadas de Los Angeles (1932) e Berlim (1936), trazendo nessa última a quinta colocação nos 400 metros com barreiras, feito que lembrou Guilherme Paraense, a primeira medalha do esporte olímpico brasileiro. Foi na administração esportiva que Padilha deixou sua marca insuperável quando dirigiu o Comitê Olímpico Brasileiro de 1963 a 1991. Foram 28 anos de persistência para colocar o olimpismo em grau de excelência. No seu tempo, muitos foram os projetos enviados ao governo, e a resposta era sempre a mesma: falta verba. Mesmo assim, Padilha deixou uma centelha pela qual enveredaram dirigentes posteriores que ainda buscam um lugar ao sol para o esporte. O legado do major Padilha pode ter sido pouco nas arenas, mas semeou a semente da lealdade, símbolo da dignidade humana. ● UlissesLaurindo, comentarista esportivo Magalhães Padilha, símboloolímpico UlissesLaurindo
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