Revista Diário - 14ª Edição - Março 2016

E m 2000, padre Lírio foi transferido para Lages (SC), onde trabalhou na Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Aí ficou até 2005, quando se deslocou para de 2005 a 2009 tomar conta da Paróquia Sagrado Coração de Jesus na cidade de Camporê (SC). Após esse período, foi levado para o Santuário Mãe de Deus, em Porto Alegre, para onde voltou agora depois de mais de três anos em Macapá. A versatilidade é outra das marcas de padre Lírio. Quando em Icoaraci, no Pará, ele ficou famoso com o epíteto Padre Papão, tornando‐se, na época, o torcedor mais famoso do Paysandu Sport Clube, o Papão da Curuzu. O religioso conta que foi através de uma confissão que teve contatato com a torcida bicolor. Atendendo no confessionário da Igreja de São João Batista, Lírio conversou com uma médica que era presidente da torcida organizada Terror Bicolor. Em meio ao cochicho da devota e o sacerdote, a médica revelou comandar a torcida do Paysandu, e Lírio se revelou torcedor do Internacional de Porto Alegre. A confissão e as revelações sobre futebol foi num domingo de manhã. À tarde o Paysandu jogou no estádio Mangueirão contra o São Raimundo de Santarém. Padre Lírio estava lá no meio da Terror Bicolor. Deu sorte, o time que abraçava como torcedor venceu a partida por 3 a 1. Depois, já na Igreja Santuário Perpétuo Socorro, na capital paraense, padre Lírio chegou no Templo vestido com uma camisa do Papão, colocou a túnica por cima e foi celebrar Missa. Ao término da cerimônia religiosa, um repórter viu na Sacristia o pároco tirando a túnica, deixando‐se revelar que também vestia a camisa do Paysandu. Foi a consagração do padre Lírio! O repórter botou a boca no trombone do rádio. Com isso, hoje o padre diz que se tornou ainda mais Paysandu. Chegou a ser levado para receber homenagem no Mangueirão, onde deu o pontapé inicial de um Re x Pa que ficou no empate de 1 a 1. Padre Lírio também é jornalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre. Brincalhão, descontraído, contando piada, assim o religioso também passou o tempo em Macapá apresentando um programa na Rádio São José, de segunda à sexta‐ feira, das 10h às 12h. Um campeão de audiência entre o público católico. O grande coloradense já vislumbra 2017, quando comemorará o seu Jubileu de Ouro sacerdotal. Antecipando a grande festa, ele prevê que na ocasião falará das boas lembranças dos trabalhos missionários; do atendimento ao povo sofrido, pobre; da acolhida que sempre recebeu por onde andou. Padre Lírio afirma que nunca foi desprezado, mandado embora. Sempre foi transferido porque precisavam dele em outro lugar, como agora, ao deixar saudades nos macapaenses e partir de novo, de volta para a capital gaúcha, mais uma vez com o coração doído por deixar milhares de amigos, mas para disseminar a Palavra de Deus, tudo vale. Amém! ● Revista DIÁRIO -Março 2016 - 59

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