Revista Diário - 14ª Edição - Março 2016
Revista DIÁRIO -Março 2016 - 82 MundoPet A no novo, vida nova... Para alguns, sim, para outros, nem tanto. Quando nos re‐ ferimos a animais de estimação, logo imaginamos filhotes fofinhos, peludos, mor‐ dendo e lambendo nossos pés e mãos, fazendo a maior festa e nos trazendo aquela felicidade e bem‐estar que é tão peculiar dessas espé‐ cies. Contudo, a realidade infelizmente é outra. Um ano acaba, outro começa, projetos, desa‐ fios, objetivos e contas a pagar, martelam nos‐ sas cabeças já atormentadas com tantas preo‐ cupações que fazem parte da estressante ro‐ tina de um ser humano adulto. Assim, aquele filhote pequeno e fofinho, ontem, deu lugar a um animal de porte médio ou grande, hoje. Animal, como qualquer outro ser vivo, gera despesas e responsabilidades, e com to‐ dos esses fatores, o fantasma do abandono ronda a cabeça de quem adotou ou comprou o pequeno animalzinho de forma inconse‐ quente e irresponsável. Dito isso, infelizmen‐ te muitos animais são abandonados e conde‐ nados a uma morte lenta e dolorosa pelos motivos mais fúteis e equivocados que pode‐ mos lembrar aqui. Cito: o animal cresceu e ficou grande para o apartamento ou casa, despesas com alimentação, saúde ou a falta de tempo para o lazer do cão ou gato, o ani‐ mal ficou idoso e já não gera mais alegria à família, hiperatividade, latidos excessivos, xi‐ xi nas cortinas, cocô no tapete ou um simples sapato roído. Essas e outras situações covar‐ demente podem levar ao terrível abandono e, consequentemente, à morte de um ser ino‐ cente e indefeso que daria sua vida de bom grado para salvar a de seu algoz. A Organização Mundial de Saúde estima que só no Brasil existem mais de 30 milhões de animais abandonados, entre dez milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro. Desses, 10% estão abando‐ nados. No interior, em cidades menores, a situa‐ ção não é muito diferente. Em vários casos o número chega a ¼ da população humana. Se‐ gundo dados da Suipa (ONG do Rio de Janei‐ ro), o número de adoções ainda está aquém do necessário para retirar todos os animais da situação de abandono. A cada dez cães rejeitados, um encontra um novo dono. No caso dos gatos, a cada 28, um é adotado. Imagine agora todo o esforço e trabalho das poucas pessoas que dedicam suas vidas como ativistas da proteção e do direito animal no Brasil e no mundo. Lem‐ brando sempre que o abandono de animais é crime e está previsto em lei (Lei 9.605/98). Combater o problema é fundamental. Mais importante ainda é não deixar que isso acon‐ teça. Assim sendo, conscientização é tudo. Sabemos que todos precisam ter direito à vi‐ da e nós, humanos, com certeza somos a mi‐ noria perante as demais espécies do nosso Planeta Terra. Por isso, devemos protegê‐las ou no mínimo respeitá‐las. Para finalizar, queridos e caros leitores, de‐ sejo um 2016 repleto de saúde, prosperidade, sabedoria, sensibilidade e compaixão. Que se‐ jamos amigos dos nossos melhores amigos e fiéis companheiros, pois quem trata um ani‐ mal com compaixão estará tratando e dando muito amor a si mesmo. ● Vidas abandonadas HomeroAlencar HomeroAlencar, ativistados direitos dos animais
RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=