Revista Diário - 15ª Edição - Abril 2016
Revista DIÁRIO - Abril 2016 - 13 R evistaDiário - O senhor confirma para setembro o primeiro embarque de grãos através do Porto de Santana? Pagot - Estaremos prontos para operar, em fase de tes‐ tes, já em junho. Com previsão de primeiro carregamento em setembro deste ano. Diário - Qual a quantidade, ou tonelagem, a ser em- barcada e de que grãos se trata, milho ou soja? Pagot - O Terminal de Grãos do Porto de Santana tem capacidade estática demovimentação anual de 1,8milhão de toneladas. Irá operar com soja e milho. Iniciará as ope‐ rações gradativamente, ou seja, 300 mil toneladas em 2016, 1 milhão de toneladas em 2017 e crescendo siste‐ maticamente. Para que países essa produção será comercializa- da e, se puder dizer, qual o valor estimado do negócio? Pagot - Predominantemente Ásia, com China e Japão, como tambémEuropa, mas ainda serão atendidos clientes do Oriente Médio, Caribe, América do Sul e continente Africano. A estimativa de negócios dependerámuito da co‐ tação da soja oumilho na Bolsa de Chigago. Combase nos preços da soja em bolsa nesta data, estaríamos exportan‐ do por navio de 55.000 toneladas, algo em torno de 23mi‐ lhões de doláres. Diário - O modal de transporte para escoar essa produção até o Amapá, pode ser utilizado no cami- nho inverso, ou seja, transportarem insumos para as regiões produtoras? Pagot - Com certeza, será uma via de mão dupla, prin‐ cipalmente de insumos agrícolas. Diário - Sabe-se que Santana tem um porto suba- proveitado, em que pese sua excelente localização geográfica, então quais as possibilidades de incre- mento dessa relação com o estado? Pagot - O Porto necessita de ampliação dos cais para 250 metros cada, a garantia de um calado de 14 metros para operações futuras e ampliação de áreas de retro‐por‐ to, principalmente para conteiners. Para tanto defendo um parceria entre a Prefeitura, o Estado e empresas privadas para que consigamos recursos suficientes para a moder‐ nização do Porto. Diário - Como funciona o sistema CPR, a chama- da Célula de Produto Rural que estaria garantindo a entrada de produtores do Amapá nomercado do agronegócio? Pagot - A CPR é um instrumento de garantia que o produtor fornece a tradings financiadora ou a bancos. Mas para haver um efetivo avanço de produção nas áreas destinadas à agricultura os produtores necessi‐ tam a regularização fundiária e agilidade no licencia‐ mento. Estes fatores são bem mais preponderantes e através do dinamismo deles, chega‐se facilmente às fontes de financiamento e, como consequência, ao crescimento das áreas plantadas e maior distribuição de renda. ● ● Falando com exclusividade à Revista Diário, o consultor da Fiagril, Luiz Pagot, dámais detalhes a respeito do arrojado projeto de agronegócio para o Amapá.
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