Revista Diário - 15ª Edição - Abril 2016

Revista DIÁRIO - Abril 2016 - 36 Economia N a época, a Zamin informou que a mina no Ama‐ pá tinha capacidade de expansão e que em cinco anos produziria 225 milhões de toneladas de minério de ferro, sendo 45 milhões de toneladas/ano, porém as operações estariam enfrentando limitações como restrição ao tamanho de cargueiros que aten‐ dem ao projeto. Era exatamente aí onde morava o pe‐ rigo que levou ao colapso o porto de embarque de mi‐ nérios no município de Santana. PORTO/FERROVIA Inaugurado pela Icomi em 1957 e em operação desde então, o terminal de embarque de minérios do Porto de Santana teve suas atividades paralisadas em março de 2013 com o desmoronamento do píer flu‐ tuante e a morte de seis trabalhadores. Era madrugada do dia 13 de março quando os principais apoios de sustentação do píer foram tragados pelo rio Amazo‐ nas. Em questões de segundos tudo foi a baixo. Cinco meses depois, a concessionária do terminal de embar‐ ques de minérios, Anglo Ferrous, concluiu seu relató‐ rio investigativo, isentando‐se da responsabilidade pe‐ lo desmoronamento. A Polícia Técnico Científica do Amapá (Politec) fez uma investigação paralela à realizada pela Anglo e concluiu que a falta de estrutura adequada de con‐ tenção junto à margem do terminal portuário fora a principal causa do desmoronamento. Apontou ainda uma sobrecarga de estocagem de minério de ferro, além da intensificação de transporte e embarque em local indevido, muito próximo à margem do rio. Ou seja, para acelerar o embarque de minérios a empre‐ sa montou uma operação paralela para abastecer os navios, depositando toneladas de minérios no local e utilizando pás carregadeiras para transportar o ma‐ terial. A movimentação de máquinas numa área im‐ própria para essas atividades acabou por comprome‐ ter o local. Segundo a Politec, esse foi o principal mo‐ tivo para o desmoronamento do porto e do píer flu‐ tuante. ● ● Estrutura para embarque de minério, em Santana.

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