Revista Diário - 15ª Edição - Abril 2016

EducaçãoePolítica ‐ Estamos sendo seques‐ trados para Ma‐ zagão! Propalou o estudante. Não era um sequestro para Mazagão, então lugarejo pertinho de Macapá, hoje próspero municí‐ pio. Mas um se‐ questro de verda‐ de, com destino a Havana, a capital cubana. Muitos dos universitá‐ rios desceramem Caiena, na Guiana Francesa; o res‐ tante, junto comPaulo, emGeorgetown, capital da Guiana, antiga Guiana Inglesa. Somente a tripulação da Vasp de‐ sembarcou em Havana, o destino final do sequestro. Cinco ou seis anos depois da dominação do avião da Vasp, o já professor Paulo Guerra, reitor da Universidade Federal do Amapá, fazia uma viagem de intercâmbio cul‐ tural e educacional a Cuba, quando se encontrou com um dos sequestradores. Chegou a conversar com ele, um su‐ jeito bonito, falante, mineiro, que disse da sua luta, nos anos 70, contra o regime militar e pela busca de uma so‐ ciedade socialista. Paulo Fernando Batista Guerra é uma referência ama‐ paense. As histórias educacional e política do Amapá não podem ser escritas sem o nome dele. Na educação, foi um dos pioneiros. Trilhou os caminhos de estudante brilhante que já aos 17 anos complementava o corpo docente do ter‐ ritório federal, dando aulas, legalmente, a colegas seus do mesmo nível escolar. Foi umprofessor exemplar, bom rei‐ tor universitário e ocupou com brio os mais diversos car‐ gos públicos do setor. O bom amapaense também fez nome como político. Foi membro da Câmara dos Deputados, na época do terri‐ tório federal, commemoráveis campanhas contra Antônio Pontes, umdosmais notáveis oradores que o Amapá já te‐ ve. Paulo também foi um dos melhores senadores ama‐ paenses, de todos os tempos. Como lembrança da sua época de Senado da República, o professor e advogado temo livro ‘Senador Paulo Guerra: O Amapá – Federação e Parlamento’, de 1999. A apresen‐ tação do livro é feita pelo ex Presidente da República, José Sarney. Na apresenta‐ ção da obra, que discorre sobre a participação par‐ lamentar de Pau‐ lo Guerra no Con‐ gresso Nacional, José Sarney diz: “Paulo Guerra sempre foi um homem de gran‐ de talento políti‐ co e cidadão de excelente caráter. Sua passagem pela Câmara dos Deputados, na década de 80, foi marcante pelo seu trabalho embenefício do Amapá. Foi nessa época que o conheci. Vibrante, preparado e dedicado às tarefas par‐ lamentares. Como educador, os problemas ligados ao seu setor eram objeto permanente de sua preocupação. Minha presença na vida pública do Amapá só fez con‐ solidar, na convivência e na amizade, minha admiração por Paulo Guerra. Agora, no Senado Federal, ele teve oportunidade de mostrar o homem público que é, com uma passagem bri‐ lhante, onde, empouco tempo, afirmou‐se como defensor do nosso estado, o Amapá, e do Brasil. Foi uma voz permanente na defesa dos interesses ama‐ zônicos e nacionais. Paulo Guerra, comeste livro, faz amemória permanen‐ te de um posto alto de sua biografia, e o povo amapaense pode avaliar a compe‐ tência e o desempe‐ nho de um grande representante no Senado Federal’. ● Revista DIÁRIO - Abril 2016 - 46

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