Revista Diário - 18ª Edição

orla de qualquer cidade ϐluvial é sempre a maior referência para seus moradores e visi- tantes. E quando o rio em questão é o maior do mundo, então nem se fala. O fato é que a Beira Rio de Macapá é umdesses lugares que não podem deixar de ser mostrados aos turistas e até mesmo aos parentes de quem mora no lugar. Proϐissionais do setor, como o guia Marcelo de Sá, dizem não ser raro testemunhar gente indo às lágrimas só pelo fato de estar de frente com o Amazonas – reconhe- cido recentemente como o maior do mundo. tanto em volume d’água como em extensão. De fato, todos os caminhos da cidade levam à orla, tanto que as primeiras ediϐicações são locali - zadas exatamente nas proximidades dela, como a Igreja de São José e a Fortaleza. De manifestações políticas ou até mesmo comemorações esportivas tudo é levado para a “frente da cidade”, como as pes- soas costumamse referir a essa região geográϐica de Macapá. De uns tempos pra cá, inclusive, as famílias pas- saram a cultivar hábitos sadios, como fazer cami- nhadas e corridas, bem como ginástica em grupo. “Há bempouco tempo tambéma gente passou a vir para cá fazer um piquenique. Vi isso numa viagem à Europa e achei chique”, diz, descontraída, a empre- sária Carla Milesky, 45, que nasceu no Paraná e que mora no Amapá desde 1995. Ela acrescenta ainda que o fato de estar às margens do rio-mar empresta um forte apelo a essa deliciosa prática de boa con- vivência com a Beira-Rio. Algumas pessoas, entretanto, ainda se ressentem apenas de uma convivência mais aproximada como rio, como tomar banho em suas águas. A orla ga- nhou os chamados muros de arrimo, que protegem as ruas da ação da força das marés, mas que acabam diϐicultando a entrada de banhistas. Fica então uma boa dica aos administradores da cidade.

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