Revista Diário - 18ª Edição
rio Amazonas está morrendo. E com ele, 15% de toda aáua ϐluvial domundo. informaçãoé assus - tadora e inacreditável. Mas cientistas de todas as partes domundo vêm advertindo a humanidade e, principalmente, os brasileiros da região norte do país, sobre o encolhimento gradual domaior rio do mundo. Infelizmente, o ‘Amazonas tem companhia nestedramamundial. Outros grandes riosdaregião também estão com seus níveis abaixo da média, a exemplo do Solimões e Negro (AM), rio Madeira (RO) e rio Tapajós, no Baixo Amazonas (PA). Pescadores santarenos ouvidos por cientistas do Insti- tuto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) disseram quenunca tinhamvistoosriosTapajós eAmazonas comtão pouca profundidade como agora. "Tenho 57 anos e não me lembro de ter presenciado uma coisa dessas nem quando eu era criança", comentou o pescador JoséWilson de Jesus, morador de Alter do Chão, Santarém (PA). Para ele, a expli- cação estána ponta da língua: "Ohomemanda fazendo coi- sasmuito erradas coma natureza e ela está se vingando". Única capital do mundo banhada pelo rio Amazonas, Macapápoderá sofrer consequências inimagináveisnocaso de uma estiaemmais prolonada Ȃ oumesmodeϐinitiva Ȃ do DzrioǦmardz. rataǦse de um pron×stico catastr×ϐico cujo cumprimento éestimadode2084emdiante. Paraa ciência, éumtempo Ànϐimo. Principalmente comademoraϐiamun - dial emespiral crescente. “Em1950, éramos 2,5 bilhões de habitantes. Em2050, aprevisãoda ONU é deque seremos 9,3bilhões. É como se a ϐila dobanheiroda sua casamais do que triplicassede ta - manho. Aí, não há caixa d'água que sustente. Aliás, não é só de uma caixa d'água maior que a gente precisa. Para dar contade tanta gente, tambéménecessáriogerarmais ener- gia, produzirmaiscomida,mais roupas,mais tudo. Umaboa partedesse tudoprecisade água. Naspróximas seisdécadas emeia, a demanda global deve aumentar 55%. Se conside- rarmos que a indústria e a agropecuária consomem 90% da áua domundo, a coisa ϐicamais feiadz, adverte opesqui - sador da universidade americana Virginia Tech, Leandro Castello. Como será Macapá daqui a ͺͲ anosǫ DiϐÀcil responder. Mas, a se conϐirmar as previsões apocalÀpticas de Castello, o macapaense do futuro estará às voltas tentando salvar o que sobrou do Amazonas àquele tempo nominado “ex- maior rio do mundo”. Na visão do cientista, essa tragédia, cuja consumação é prevista somente para o século vin- douro, já está emandamento. Enema sociedade, tampouco os governos, estãoempenhadosna implementaçãodeuma
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