Revista Diário - 18ª Edição

É muito cedo ainda para avaliar o compor- tamento da seleção brasileira na futura Copa doMundo de Futebol, baseando-se apenas na série de seis vitórias nas eliminatórias, sob o comando do treinador Tite, as duas últimas contra adversários de peso, Argentina e Peru. O gosto pelo torcedor brasileiro pelo futebol ultra- passa, às vezes, a linha do bom senso e o único diagnóstico possível para a grande massa é a conquista de títulos. O Brasil tem histórico que recomenda esse otimismo, com seu pentacampeonato mundial. Até hoje, ainda pesa no torcedor o episódio de 7 a 1, na Copa de 2014, contra aAlemanha, tragédia terrível para o orgulho nacional, não em razão da qualidade do futebol dos jogadores em campo, mas por falta de cuidados diferentes fora dele. No momento emque a seleção começa a read- quirir a confiança geral é bom colocar em evidên- cia os fatos da época hoje comprovados em re- lação à grande competição, sem medir o relevo da disputa em questão. A CBF pagou caro a sua imprevidência e o Brasil não se preparou dentro e fora de campo, achando que, por ter o melhor fute- bol do mundo, se imporia. Ledo engano. Agora a perspectiva da presença deTite, sereno em seu comando, o Brasil já pode confiar que tem time para fazer presença naRússia. Esse, então, é o primeiro passo. O segundo, é a CBF tratar sem política tudo o que se relacionar à seleção. Ulisses Laurindo, comentarista esportivo

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