Revista Diário - 18ª Edição

Ele atualmente é advogadomilitante, mas tambémse dedica aos estudos, pois se prepara para prestar concurso público para procurador da república ou juiz de direito. Estudade16 a 17horas diárias, e ainda toca aatividadeda advocacia, sa- criϐicando as noites e madru‰adas que seriam para o descanso. jovem foi ao rádiodar entrevistaaoprogramaConexãoBrasília (DiárioFM90,9) , ocasiãoem quefalousobreoutrosaspectosdasciências jurídicase, claro, declarou-sedefensor da obrigatoriedade do exame de ordem, ressalvando apenas que amaneira com quea exigênciaé feita poderiamudar. Revista Diário – O senhor foi considerado omais jovemadvogadodopaís, mas não se coloca emposi- çãodereivindicar issooϐicialmente. Sevieraaconte - cer, melhor será, não émesmo? Paulo Braziliense – Melhor será, mas eu particular- mente não dou tanta relevância a isso, não. Aqui no Amapá a gente teve umaumento do ingresso dos jovens nas instituições de ensino superior, independentemente de serempúblicasouprivadasede todasas ciências, ape- sar de algumas ainda seremmuitos restritas, como me- dicina, que chegou recentemente. Mas a gente tem um déϐicit educacionalmuito‰rande, entãoeu, naminhaárea doconhecimento, das ciências jurídicas, sei quepoder in- ‰ressarmuitocedofoiumprivilé‰ioe ϐico felizeesperan - çosodeque issomuitoembreve sejauma realidadepara muitomais pessoas. Diário – E o f to de ser jovem, traz algum tipo de obstáculo, preconceitoouatrapalhaemalgumacoisa nestemercado tão concorridoque é odoDireito? Paulo – Talvez. Eu entrei com15 anos na área do Di- reito, emuitagentediziaquechegavamaser nojentasde- terminadas disciplinas do curso, alegando alguns meandros do processo penal, algumas situações especí- ϐicas, sabeǫ 2porque querendo ounão oDireito é umre - ϐlešodefatos sociaisque‰eramrelevŸnciaparaoEstado. Então, há situações sociais que são moralmente muito agressivas para valores sociais e, ao mesmo tempo, tra- zemaquelemau gosto social, entende? Diário – Comopr cessos de homicídios? Paulo– Exatamente. Quandoagente trata comavida, entãomuitasvezesparamera formaçãoacadêmicaéexi- gido que você presencie situações de fato, então imagine umapessoade16anos, comoeraomeucaso, ter contato com esse tipo de situação. Eu recebi muito bem todos esses tipos de situações, mas a bemda verdade é neces- sária uma maturidade para atuar nisso, na área do Di- reito, pois a repercussão na vida émuito grande. Diário – E sabend disso é que muit g nte tem algumtipodediscriminaçãoemrelaçãoà suapouca idade? Paulo – Algumas pessoas pensam como uma pessoa mais jovemque elas pode lheorientar. Mas graças aDeus eu não pareço tão jovem, então isso me ajudou a disfar- çar… [risos] Mas chegavam certos momentos emque al- guémfalava, sim.

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