Revista Diário - 19ª Edição
Perfil “Refrã sefaz O compositor e intérprete esteve de uma das conversas mais livre do rádio amapaense, no program FM 90,9). Ele veio à capital, ma como convidado de honra do Fe de Todos os Tempos”, evento da P arece incrível, mas o sambista revelou que pela primeira vez ouviu a expressão ‘Lenda viva’. O bom, pra ele, é que a expressão foi pronunciada a seu respeito pelo ouvinte Ricardo Barbosa de Andrade, de Niterói, onde Dominguinhos tambémmorou. Depois de rápido colóquio com o artista, lem- brando endereços da cidade fluminense e de realizações car- navalescas, Ricardo chamou Dominguinhos de “Lenda viva do carnaval”. Ricardo, hoje residente em Macapá, participou do programa, pelo telefone. “Nunca ouvi isso, não, mas muito me honra”, respondeu o artista sobre a tal lenda viva. Dominguinhos tacou que “Bum, bum, é o canhão da Forta- leza” é um achado de Francisco Lino, o ‘Menestrel’, referindo- se ao samba-enredo ‘Fortaleza, o Atalaia do Norte’, da Universidade de Samba Boêmios do Laguinho, no carnaval de 1975, ainda na Avenida FAB. A antológica criação foi escolhida “O Melhor Samba Enredo de Todos os Tempos” no Amapá. Sobre refrão carnavalesco, o compositor e intérprete carioca ensinou que é feito pra ensinar o bêbado cantar. “Veja esse que eu cantei na avenida: ‘Vou cair na gandaia com a minha bate- ria/No balanço damulata, a explosão de alegria’; qual o bêbado que não canta isso? E este também: ‘Explode coração/Namaior felicidade/É lindo meu Salgueiro/Contagiando e sacudindo esta cidade’. Fazer o fácil émuito difícil, como disse Chico Buar- que de Hollanda, numa entrevista a Leda Nagler, mas pega bem, principalmente pro bêbado cantar. Refrão de carnaval é isso”. Falar em bêbado, o incrível também revelado por Domin- guinhos do Estácio é que ele não ingere bebida alcoólica. “Não bebo; nunca bebi, graças a Deus”, testemunhou. Mesmo assim, sempre na avenida e nos palcos cantando de cara limpa, o in- térprete teme que o carnaval do Rio deste ano e os três mais próximos percam muito do brilho com a ascensão do bispo Marcelo Crivela como prefeito da cidade. “Agora, no Rio de Janeiro, o prefeito é evangélico. Estamos fritos”, gozou Dominguinhos, depois de antes dizer que é difícil comparar o bicheiro que banca o Carnaval do Rio de Janeiro com o ex governador Sérgio Cabral. “O bicheiro cumpre com a palavra; com o Cabral a gente vê o que aconteceu”, constatou. Dominguinhos do Estácio é passarinheiro. Ele disse que hoje em dia não dá mais pra tratar muito bem com esse negó- cio, porque a fiscalização está forte. Mas lembrou que nas mui- tas vezes passadas emque veio ao Amapá sempre ia aMazagão DominguinhosdoEstáci
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