Revista Diário - 19ª Edição

Nessa dança do ventre criminosa que filhos de Ghandi e na contramão do filme onde o cidadão é tido como Inimigo do Estado, nesse episódio da recuperação da Zamin, onde o Estado do Amapá esqueceu de cobrar as obrigações penais e civis da Anglo American, o próprio Estado tornou-se inimigo do Estado. Os bons negócios da China foramsubstituídos pelos espertos negócios e acordos da Índia. Namastê! Mamastê!! Mamastê!!! Revista DIÁRIO - Edição 19 - 56 Geólogo ARTIGO A bril, o ventre do calendário gregoriano que insculpe o Dia da Mentira, marcou a aprovação do Plano de Recuperação Ju- dicial da Zamin, que nada mais é do que um ré- quiem de deslavadas promessas e criminosas obrigações assumidas em juízo, que jamais se- rão cumpridas. Havia umúnico ausente no pro- cesso de Recuperação Judicial e maior interes- sadoedonoda abandonadaEstradadeFerrodo Amapá – o Governo do Estado do Amapá. Quando os cabanos nos demais estados da Amazônia se insurgiram contra “a Independên- cia”, opoderdominantedenossoEstadoapoiava o novo Império, chegando a assorear um canal que ligava o rio Araguari ao mar, próximo à Ilha de Maracá. O Amapá, com a generosidade do Criador e a discreta criatividade dos homens, vem se tornando terra de grandes e magistrais encontros. Aqui, o grande rio mar, o doce Ama- zonas, se fundecomosalgadoAtlântico; também ocorre, emnosso novel estado, o abraço equino- cial, que une os dois Hemisférios (Norte e Sul). Aqui tivemos uma empresa de mineração que encerrou suas atividades pela exaustão das jazidas e ao fimde seu cinquentenário contrato – a Icomi ainda deixou pilhasmilionárias demi- nériosdemanganês, ferrovia comissionada, por- to operacional, cidades na floresta, outros em- preendimentos e uma bela vila às margens do Amazonas, como bens a serem revertidos para o domínio da União, Estado e municípios, sem deixar uma única dívida ou obrigação com ab- solutamente ninguém. A Zamin, uma empresa rémula da Anglo American, chegou ao Amapá sob um contrato criminoso e factível de anula- ção. Esse contrato de compra, que realizou com a Anglo das minas de ferro e ouro inscritas no subsolo domunicípio de Pedra Branca do Ama- pari, exportoubilhões dedólares emferroe, por lavra informal (sem autorização) e criminosa, retirou ilegalmente mais um bilhão de dólares em ouro, via empresa Beadell (Mina do Duck Head), deixando um largo passivo ambiental. A Zamin permitiu a canibalização de quase todo o patrimônio emestoques de bens móveis deixados pela Anglo American. Depois de aban- donar a Estrada de Ferro do Amapá (EFA), não pagar a empresa que estava montando o novo PortodeMinérios edeixar ao “Deus dará”, todos os bens patrimoniais nas áreas damina e porto, acumula uma dívida com credores locais da or- demdemais de R$ 100.000.000,00 e danos cole- tivos e ambientais acima de umbilhão de reais ao povo e Estado doAmapá. ESSACONTADEVE SER COBRADADA ANGLO AMERICAN. Nãodemandamuitoesforçooucontorcionista doutrinário, para impugnar o Plano de Recupera- ção Judicial daZamin. Algunsoperadoresdodirei- to e conhecedores demineração e logística enten- dem que o objetivo principal é retirar o minério (trêsemeiomilhõesde toneladasde ferronoPorto da Icomi) enãopagaros compromissos locais, não comissionar a mina de ferro, não concluir o Porto da Icomi e muito menos revitalizar a Estrada de ferro do Amapá (EFA). Reedita-se por via inversa aexpressãocolonial qualdoos lusitanos emterras brasilis fazim leis locais para “inglês ver”. Hoje os ingleses inventam negócios com indianos para amapaense ficarem literalmente “a ver navios”. A Zamin Amapá Mineração pratica de forma fraudulenta e criminosao seuPlanodeRecupera- ção Judicial tipoCurupira (aqueledo folcloreama- zônicoque andava comospés viradospra tráspa- ra enganar os caçadores). Nesta trilha de pegadas fraudulentas há não um encontro ou digital da presença do Estado do Amapá, mas um grande desencontro na turma de falsários indianos, con- tra o objetivo principal insculpido na lei de falên- cias, que é sanear o Calvário dos Credores (as dí- vidas), garantir o desenvolvimento local, no caso o Amapá, e evitar a instabilidade do mercado, a manutenção da ferrovia, a conclusão do Porto da Icomi e retomada da atividade damineração. É tempo de pelo menos se chegar à réstia do exemplo de corageme amor à Pátria do juiz Sérgio Moro e colocar bandidos na cadeia que formaram umaassociaçãocriminosaqueatiraumaflexaaqui- liananoúnico equipamento capaz de garantir o fu- turoeodesenvolvimentodoAmapá,nossocomple- xoportuário ede agrologística – oPortoda Icomi. Os indianos da Zamin enganam o juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial da Co- marca de São Paulo e, ainda, “venderam” e apro- varam, emplena trilhaCurupira e recheadade ile- galidades vetadaspela aLei N° 11.101/2005uma propostaque foi aprovada às 5damadrugada, um PlanodeRecuperação Judicial tipicamentepara in- glês ver. Desculpe, para amapaense ver. Mais uma vez vão-se os bens e fica odesesperodos credores anteumingênuoacordodeobrigações impossíveis daZamincumprir, assinadoemplenomêsdamen- tiraeemnomedecredoresedívidasvirtualizadas. AntônioFeijão Anglo e o inimigo do estado

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