Revista Diário - 19ª Edição

Revista DIÁRIO - Edição 19 - 78 AeraVargas (1930-1945) foi inauguradana Intendên- cia local pelo mesmo administrador que encerrara a etapa anterior e que governou entre 1930 e 1931, mas o grande destaque ficou para omajor Eliezer Levy , que al- ternadamente esteve à frente do governo municipal nos período de 1932 a 1935, entre janeiro e dezembro de 1937, e de janeiro de 1942 a julho de 1944. Fecharam esse período outros dois nomes bastante conhecidos e lembrados até os dias atuais: Odilardo Gonçalves da Silva (1944-1945) e Jacy Barata Jucá (de maio de 1945 a fevereiro de 1947). Nesse período se deu a criaçãodo território federal do Amapá, em13 de setembro de 1943, eMacapá se tornou omunicípio/sede do governo, que teve no capitão Janary Nunes o primeiro governador. A partir de então, os pre- feitos voltaram à cena com a extinção das intendências e passaram a ser nomeados pelo próprio governador, não mais pelos governantes do Pará, ao qual pertencia o Amapá desde os tempos coloniais. As decisões advindas dos gestores até esse período não possuíam muita rele- vância e não causavam impacto, restringindo-se apenas e tão somente às circunstâncias ligadas ao cotidiano da vila de Macapá e sua gente provinciana. Os políticosOdilardo Silva e Jacy Jucá foram, na ordem respectiva, os primeiros prefeitos da capital na era TFA, inaugurando a fase política conhecida como República Populista (1945-1964), e suas prerrogativas estavamsu- bordinadas ao personalismo político de Janary, que exer- cia o mandonismo político em nível local, seguindo a cartilha do populismo varguista. A fase janarista teve como prefeitos, alémdos já citados, José Serra e Silva, o ‘Zeca Serra’ (1947-1950); Edílson Borges de Oliveira (1950-1951 e 1955-1956); Claudomiro de Moraes (março a agosto de 1951 e de novembro de 1952 a de- zembro de 1954); Heitor de Azevedo Picanço (1951- 1952) e Cláudio Carvalho do Nascimento (janeiro a março de 1955). Janary deixou o GTFA (Governo do Território Federal doAmapá) em1956,mas permaneceuà frentedapolítica amapaense, indicando seu irmão Pauxi Nunes para su- cedê-lo, e seuoutro irmãoCoaracyNunes era o represen- tante do Amapá na Câmara Federal, tendo sido eleito por sua influência e apoio. Até a ocorrência do Golpe Militar de 1964, que depôs o presidente João Goulart (1961- 1964) e colocou as Forças Armadas no poder político do país, Macapá foi governada por Edilson Borges (1955- 1956), Heitor de Azevedo Picanço (1957-1961), Ro- naldoTavares SoutoMaior (abril a set/1961), Amaury Guimarães Farias (set e nov/1961), Otávio Gonçalves de Oliveira (nov/1961 a dez/1962), Jacy Barata Jucá (dez/1962 a jan/1963), João Batista Travassos de Ar- ruda (jan amar/1963) e Mário LuizBarata (mar/1963 a abr/1964). Esseúltimo saiupor forçadas circunstâncias advindas doGolpedeEstadoquemergulhouopaís no au- toritarismo e no terror. ORegimeMilitar seestendeupormaisdeduasdécadas, sendo extirpado em 1985, quando José Sarney assumiu a Presidência do país após a morte do presidente Tancredo Neves, de quem era vice. Foram no total 15 prefeitos no- meadospelacanetadecincogovernadoresmilitares, entre amapaenses e tecnocratas de fora do estado que desem- barcavamno antigo TFA na comitiva dos governantes. Al- guns passarampouco tempo à frente da gestãomunicipal, como Guilherme Paulo Hettenhauser e Newton Dou- glasBaratadosSantos (cercadeummês), outros ficaram pormandatosmaisextensos, sendoqueoengenheiro Mu- riloAgostinhoPinheiro foi omais longevo, ficando cinco anos à frente da PM, seguido de Cleyton Figueiredo de Azevedo , comquatro anos edoismeses, JoãodeOliveira Côrtes (mai/1969a jul/1972) e DomícioCamposdeMa- galhães (dez/1978 a agos/1980). Como fimdoRegimeMilitar, em15demarçode1985, a sociedade brasileira começou gradativamente a recons- truir o Estado Democrático de Direito. Nesse contexto as administraçõesmunicipais foramestratégicas namedida em que nesse mesmo ano ocorreram eleições diretas para as prefeituras das capitais dos estados e territórios, estâncias hidrominerais, áreas de segurança nacional ou  Prefeito Álvaro Cunha e assessores (década de 40)  Jornalista Ernani Marinho, entrevista prefeito da época, Augusto Fernando Porto Carrero

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