Revista Diário - 28ª Edição
A Fortaleza de São José de Macapá, do alto dos seus 254 anos é, de longe, o maior monumento turístico da capital do Amapá, afinal é a maior fortificação portuguesa do período colonial do Brasil. Mas ela acaba de passar por uma intenvenção de ma- nutenção e ganhou novo fôlego com a nova ilumina- ção, que vai bem além das 18 horas, tempo normal de seu funcionamento, entrando pela noite a frequência de seus visitantes. Desde a inauguração do Parque do Forte, denomi- nação da praça do entorno da Fortaleza, essa foi a principal intervenção do governo do estado num mo- mento em que o local vinha perdendo frequentadores exatamente pela escuridão. "Graças também à ação de vândalos que vinham depredando as principais atra- ções da nossa praça", diz a aposentada Guajarina Car- valho, 71, que pela segunda vez reuniu sua família no local para um piquenique. A direção do Museu Fortaleza diz que existe uma programação regular de manutenção do monumento, mas que intervenções na melhoria da iluminação vêm sendo implementadas desde o ano passado, porém a conclusão do processo revelou surpresas que agrade- ram em cheio. De cara, os novos equipamentos em luz e eletrici- dade aferem um visual muito mais acessível para vi- sitações pela parte da noite. "A gente passava por aqui e praticamente nem via a Fortaleza à noite, devido à escuridão do monumento", diz a bacharel em direito Lilian Araújo Azevedo, 24, informando já ter acam- pado no lugar com sua família, mas durante o dia. Estimativas oficiais dão conta de que 60 mil tu- ristas fazem visitas regulares à Fortaleza de São José de Macapá por ano. "A gente sugere que agora em que a nova iluminação está muito bonita e eficiente haja reforço no policiamento para que as visitações possam acontecer também à noite, pois certamente alcançará outros públicos que normalmente não podem fazer as visitas durante o dia", diz o corretor Gilberto Souza, 51. • RESIST~NCIA Atualmente, o espaço interno da Fortaleza fica aberto a visitações de terça-feira a domingo, no horá- rio das 8h às 18h. A entrada é gratuita; o visitante pode ser acompanhado por um monitor e guia de tu- rismo. Escolas podem solicitar visitas monitoradas através de ofício que deve ser entregue na adminis- tração da instituição. A história da Fortaleza registra período de altos e baixos, recuperações e abandonos. A Proclamação da República (1889) e as suas suces- sivas crises no início do século XX mantiveram a For- taleza de Macapá em relativo abandono, acarretando o desaparecimento de diversos elementos construti- vos quer por deterioração quer por furto simples. Ela passou à gestão da Fundação de Cultura em 1988.
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