Revista Diário - 3ª Edição - Fevereiro 2015

Riqueza P ercebe‐se que quando chega a hora dos filhos irem à escola, pela primeira vez, acaba gerando insegu‐ rança, tanto nos pais, quanto nos filhos. E aí come‐ ça o choro, muitas vezes de ambas as partes, mais espe‐ cialmente dos pequenos, e consequentemente acaba ge‐ rando um stress no ambiente familiar. Nemsempre é fácil esse início, afinal as crianças vão adentrar em um ambiente novo e diferente, onde elas saemde seu "habitat", para ser inseridas emoutro, além da falta que sentem, especialmente das mães. Algumas crianças resistemementrar na escola. Gri‐ tam, choram, o que acaba deixando as mães, ansiosas e preocupadas. Evidentemente que há exceções, emesmo algumas que não apresentamo choro, não significa que não estejam sentindo, apenas manifestam seus senti‐ mentos de outra maneira. Se a mãe demonstra insegu‐ rança ao lidar com o choro do filho, só fortalece ainda mais a insegurança da criança. E agora? Deve‐se levá‐lo pra casa de volta? Deve‐se deixá‐lo chorando na escola? O quê fazer? Calma! Não se esqueça que existe o período emque a escola estabelece como adaptação (termo recusado por muitos pedagogos, que preferem chamar de am‐ bientação, inserção, interação), quando a criança sai mais cedo, libera‐se a presença de alguémda família pa‐ ra ficar comela, dentre outras coisas. O importante é que não desista. Não precisa ter pressa nesta fase. Aos pou‐ cos elas vão estabelecendo o vínculo, com o ambiente, comos coleguinhas e coma professora. Epaulatinamen‐ te passam a fazer parte de sua rotina. O choro não significa necessariamente que a criança não queira estar ali, ou ficar ali, assim como a ausência desse choro não signifique que ela não esteja sentindo a falta de sua família.Tambémémuito importante que a mãe entre com o filho de mãos dadas, jamais no colo, e o principal, que nunca saia escondida, o que pode au‐ mentar a insegurança da criança. E a despedida precisa ser natural, falando a verdade, fortalecendo que depois vem buscá‐la, mas não prolongar esse momento. Amaioria dos casos, leva de 15 a 30 dias para a am‐ bientação. Em poucos casos, a criança leva um pouco mais de tempo. O importante é ter paciência e persis‐ tência. Portanto, escolha a escola de seu filho com toda a atenção, procure conversar com o maior número de pessoas possível, visite a escola antecipadamente, leve a criança para conhecer o novo ambiente antes de você fazer a opção. E pense que isso é uma fase, e como todas as fases, ela passa. Portanto, faça deste momento uma conquista e não um sofrimento. ● CláudiaOliveira Psicóloga clínica Chegouahorademeufilho ir praescola. Eagora? "Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêmatravés de vós, mas não de vós. E embora vivamconvosco, não vos pertencem". (GibranKhalil Gibran) Isso é uma fase, e como todas as fases, ela passa. Portanto, faça deste momento uma conquista e não um sofrimento. Cláudia Oliveira - Psicológa Clínica | Consultório Psiqué Av. Fab, 1070, sala 306 - Ed. Macapá Office | telefones 981270195/32235943 Revista DIÁRIO - Fevereiro 2015 - 25

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