Revista Diário - 3ª Edição - Fevereiro 2015

NossaHistória Fronteira setentrional na hiléiabrasileira: quintaisvizinhos em soloimpátrio T al e qual casa geminada, que nos românticos tempos ter‐ ritoriais em Macapá era a “casa de duas moradas”, e vizinhos que conversam à janela em lín‐ guas distintas, mas que ainda as‐ sim se comunicam, o Amapá e a Guiana Francesa formam dois edi‐ fícios alados com anatomias se‐ melhantes, mas esteticamente di‐ ferenciados nas fachadas e nos compartimentos internos. Desde a colonização lusitana “bandas de cá” e do colonialismo francês, “cantos de lá”, os dois lugares sem‐ pre tiveram para si as maiores atenções da geopolítica imperia‐ lista emmeio a vizinhos menos re‐ luzentes como o Suriname (de co‐ lonização holandesa) e a atual Re‐ pública Cooperativa das Guianas (de matriz colonial inglesa). A gênese desse contexto, que aproxima sob condições normais ou circunstâncias avessas os dois cômodos de um mesmo condomí‐ nio, foi gestada no cerne da expan‐ são colonial portuguesa na Amazô‐ nia. A fundação de Belém por Fran‐ cisco Castelo Branco, em 1616, foi a pedra fundamental da implemen‐ tação desse empreendimento que teve entre seus obstáculos a pre‐ sença estrangeira de ingleses, ho‐ landeses e franceses e – juntos ou contrários – espanhóis. ● Desde a colonização lusitana “bandas de cá” e do colonialismo francês, “cantos de lá”, Oiapoque e Guiana Francesa têm para si atenções da geopolítica imperialista emmeio a vizinhos menos reluzentes como o Suriname e a atual República Cooperativa das Guianas (de matriz colonial inglesa). Texto: Célio Alício Fotos: Divulgação ● Do ponto de vista sociocultural, as relações entre os dois lados alternam momentos de aproximação e intercâmbio com episódios de tensão e conflito. ● A gênese do Oiapoque remonta à disputas na fronteira. Revista DIÁRIO - Fevereiro 2015 - 34

RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=