Revista Diário - 3ª Edição - Fevereiro 2015

M as fora a França o concorrentemais re‐ nitente e pertinaz a lutar por espaços comos lusos. Desde a França Antártida no Rio de Janeiro no século XVI, passando pela França Equinocial no Maranhão, na centúria seguinte, as “pendengas” e querelas que colo‐ caram, desde então Portugal e França sob acir‐ rada escaramuça – herdada pelo Brasil após a sua independência, ganharamomundo quan‐ do os primeiros apelos pela diplomacia foram duplamente clamados. Em1900, a notória per‐ formance do Barão do Rio Branco à frente da chancelaria brasileira obteve para o país as ter‐ ras setentrionais na divisa do rio Oiapoque, através do Laudo de Berna, assinado pelo pre‐ sidente da Suíça, Walter Hauser, veredicto que já havia sido proclamado pelo Tratado de Utrecht, em 1711, sob mediação inglesa. Localizada no norte extremo daAmérica do Sul, a Guiana Francesa mantém até hoje a de‐ pendência colonial emrelação à suametrópole européia como departamento ultramarino, o que lhe dá a comodidade de se valer economi‐ camente dos numerários franceses que “boiam” na economiamovediça da zona do eu‐ ro, mas que a tem sustentado apesar das pro‐ celas que aperreiam a Comunidade Europeia nos últimos anos. O Amapá ainda “engatinha” trôpego nesse quesito e parece cada vez mais destoar do restante do país que se move em velocidade um pouco maior. Do ponto de vista sociocultural, as relações entre os dois lados alternam momentos de aproximação e intercâmbio com episódios de tensão e conflito. Vez por outra, brasileiros ile‐ gais são expulsos da Guiana e os crimes come‐ tido por brasileiros são punidos com rigor até certo ponto desnecessário e com requintes de violência virulenta que parece descender dos “furdunços” do outrora período colonial. ● NossaHistória Revista DIÁRIO - Fevereiro 2015 - 36 ● Brasileiros ilegais são expulsos da Guiana e os crimes cometidos por brasileiros são punidos com rigor até certo ponto desnecessário e com requintes de violência virulenta que parece descender dos “furdunços” do outrora período colonial.

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