Revista Diário - 3ª Edição - Fevereiro 2015
Ominério de manganês ainda hoje desperta interesse de vários países nas reservas existentes. Economia A saga do brasileiro Augusto Antu‐ nes começou na capital paulista, onde foi carteiro até se formar em engenharia civil pela Politécnica de São Paulo. Depois mudou para Minas Gerais, quando iniciou a extração de minério ainda rusticamente, com alguns operá‐ rios munidos de pás e picaretas, na Ico‐ minas, a precursora da Icomi. Era uma jazida de ferro no pico do Itabirito, ori‐ gem da Mineradores Brasileiros Reuni‐ dos (MBR), que passou a controlar al‐ guns anos depois. Falava muito bem in‐ glês – o que ajudou muito a buscar par‐ ceiros nos Estados Unidos – assim que soube da descoberta demanganês no en‐ tão Território Federal do Amapá, emple‐ na floresta amazônica. Para garantir que uma empresa bra‐ sileira tivesse o direito de explorar as ja‐ zidas, Antunes fez o que se definiu como uma defesa candente do capital nacional e acabou levando a concessão. Dava iní‐ cio ali a construção de umverdadeiro im‐ pério industrial. Ele fundou depois a hol‐ ding Caemi, que diversificou seus negó‐ cios por vários setores. De salsicha, a pa‐ pel, vendeu tambémmadeira, aços espe‐ ciais, energia. Antunes tambémadquiriu participações na indústria de alimentos Swift‐Armour, na Aços Anhanguera, na Brumasa (madeira e compensados), na Capp (agropecuária). Enveredou pelo se‐ tor de táxi aéreo e foi instado a assumir o controle do Projeto Jari, em 1982, a lu‐ nática aventura que o bilionário ameri‐ cano Daniel Keith Ludwig lançou no Pará em 1967. Antunes capitaneava um grupo de 23 empresários que, com dinheiro do BNDES, tentava salvar o Jari, abandonado por seu criador já desgostoso em1980. A Revista DIÁRIO - Fevereiro 2015 - 6
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