Revista Diário - 3ª Edição - Fevereiro 2015

U ma cena memorável da Sétima Arte é a do per‐ sonagem Rick Blaine (Humphrey Bogart) segu‐ rando elegantemente uma taça de espumante enquanto flerta com sua amante Ilsa Lund, interpre‐ tada pela estonteante atriz Ingrid Bergman. De fato, as borbulhas da bebida evocam requinte e garbo que não se encontram em qualquer outra. São provo‐ cativas e incitam sensações relacionadas a mo‐ mentos românticos e de comemoração, tal qual o vivido pelos personagens do clássico norte‐ americano. O espumante é um gênero de vinho que tem como sua mais nobre espécie o produzido na região de Champagne, na França. Para quem não sabe, só podem receber essa denominação os produtos oriundos dessa localidade, feitos unica‐ mente com as uvas Pinot Noir, Chardon‐ nay e Pinot Meunier. A fama da região tem motivo, pois foi onde se desenvolveu o complexo método de produção da bebida com realização da segunda fermentação na garrafa (quando são geradas as famosas bolhas), com processo artesanal, chamado de método tradicional ou “champenoise”. Esse processo foi copiado por outras regiões de outros países. Alguns excelen‐ tes são a Cava, produzido na maioria com as uvas Macabeo, Xarelo.lo, Parellada, na região de Pe‐ nédes na Espanha; a Murganheira, produzida com as uvas Touriga Nacional, Tinta Roriz e outras , na região de Tarouca em Portugal; e alguns dos espumantes pro‐ duzidos no sul do Brasil, que são feitos com as mesmas uvas de Champagne e vêm ganhando notoriedade pela grande qualidade. Todos esses são ótimas alternativas pelo custo benefício. No entanto, existe um segundo método de produ‐ ção de espumante, desenvolvido pelo cientista francês Éugene Charmat e batizado com o seu nome. Nesse método, a segunda fermentação é realizada em auto‐ claves e não na própria garrafa, permitindo uma pro‐ dução emmaior quantidade, com riqueza aromática e corpo leve, bem diferente da característica encorpada que o método tradicional imprime ao vinho. O maior expoente desse método é o Prosseco, feito com a uva Glera, na região do Vêneto na Itália. No Brasil, é fácil de encontrar e bastante consumido. Diante do amplo panorama de possibilidades que os espumantes oferecem, para todos os gostos e bol‐ sos, inclusive com a possibilidade de acompanhar uma refeição do início ao fim, uma boa ideia é se deixar to‐ mar pelo romantismo galanteador do personagem Rick Blaine de Casablanca e proporcionar à pessoa que você ama um belo jantar à luz de velas, regado por uma das inúmeras opções de espumante disponíveis no mercado. ● Umbrinde à felicidade As borbulhas da bebida evocam requinte e garbo que não se encontram em qualquer outra. São provocativas e incitam sensações relacionadas a momentos românticos e de comemoração. Revista DIÁRIO - Fevereiro 2015 - 67 Boa ideia é se deixar tomar pelo romantismo e proporcionar à pessoa que você ama umbelo jantar à luz de velas, regado por uma das inúmeras opções de espumante disponíveis no mercado. Àluzdevelas Vinhos Dr. JoséBogéa, advogadoeenófilo ntbog@uol.com.br

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