Revista Diário - 3ª Edição - Fevereiro 2015

Revista DIÁRIO - Fevereiro 2015 - 70 Energiaelétrica O Amapá entra na era industrial, pela autossuficiência emenergia elétrica, compossibilidades até de exportar o produto, alémde contar como potencial do Linhão de Tucuruí. Amapá seintegraao SIN comparticipação decisivade Sarney O ano de 2015 se apresenta como o pe‐ ríodo em que o Amapá passará a ter condições de entrar na era industrial, pela autossuficiência emenergia elétrica com possibilidades até de exportar o produto, alémde contar como potencial do Linhão de Tucuruí que o coloca como componente do Sistema IntegradoNacional de Energia, o SIN. Na virada da transformação de território a estado, início dos anos 1990, o Amapá en‐ frentou séria crise no abastecimentode ener‐ gia, commuitas horas diárias de racionamen‐ to. AproduçãodaHidrelétricadeCoaracyNu‐ nes era insuficienteparaprover o estado, bem como as usinas termoelétricas. Como paliativo ao problema, Sarney, que hoje está fora da política demandatos, conse‐ guiu a transferência para o estadode três uni‐ dades geradoras de energia térmica de 18 MW, cada uma, e que estavam em Camaçari (BA). Depois foramcompradasmais 4 unida‐ des geradoras de15,5MW, naFinlândia, eque entraram emoperação em1997. Paralelamente a essas providências, o se‐ nador começou a encaminhar ações pra mu‐ dar a realidade energética do Amapá. Passa‐ dos 20 anos, o estado agora inicia uma nova fase. O fimda predominância de termoelétri‐ cas, comcapacidade geradora deficitária, po‐ luente e de custo operacional alto, está com dias contados. Nesse processo, destaca‐se a construção da Hidrelétrica de Ferreira Gomes, prestes a entrar emoperação comgeração de 252MW. Umbi de reais é o investimento na usina que atenderá 1 milhão e 200 mil habitantes. A obramove 2,5mil empregos diretos e 7,5mil indiretos. Outra UHE, a de Santo Antônio do Jari, na divisa Amapá/Pará, está emconstrução com aplicação de 300 milhões. A obra é conces‐ são do Grupo Orsa, em parceria com a Ele‐ tronorte e que disponibilizará grande parte da energia para o sistema de geração do Amapá. A usina será construída em modelo conhecido como "fio d'água", que tem como característica umpequeno reservatório que opera praticamente em níveis constantes, com pequenas flutuações, por requisitos de variação de produção de energia. Não há ar‐ mazenamento de água para escoamento sa‐ zonal, como nas unidades comreservatórios de acumulação. O governo trabalha para o rebaixamento da linha que vem da UHE de Tucuruí. A pre‐ visão é de que até julho as obras sejam con‐ cluídas para então o Amapá passar a perten‐ cer ao SIN. Foi uma longa caminhada com gestões que passarampela PR, Ministériodas Minas e Energia, Eletrobras e Eletronorte, en‐ tre outras instâncias federais, com participa‐ ção decisiva do senador José Sarney. ●

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