Revista Diário - 3ª Edição - Fevereiro 2015

Colaborou: Reginaldo Borges Revista DIÁRIO - Fevereiro 2015 - 71 Senador José Sarney teve participação decisiva para a consolidação das produção e distribuição de energia elétrica no estado do Amapá. JoséSarney O Linhão de Tucuruí está emMacapá desde fins do ano passado. A linha de transmissão per‐ mitirá a integração do Amapá ao Sistema In‐ terligado Nacional (SIN). Com aproximadamente 1.800 quilômetros de extensão, o linhão passa por trechos de florestas e atravessa o rio Amazonas. Trazer parte da potência energética gerada em Tu‐ curuí (PA), para o Amapá, foi luta que precisou de empenho direto do senador José Sarney. Não estava no projeto do governo federal a extensão do linhão até ao estado, em virtude das condições geográficas e topográficas da região. A energia elétrica de Tucuruí seria estendida para Manaus e, depois, para os outros estados da Amazô‐ nia ocidental. O Amapá, situado no oriente da região, ficaria de fora porque, para receber o benefício, de‐ penderia de um gigantesco e difícil trabalho de enge‐ nharia numa transposição do rio Amazonas. Diante da situação, para suprir as suas necessidades energé‐ ticas, o estado teria que continuar lançando mão de suas usinas termoelétricas, da antiga UHE de Coaracy Nunes e das hidrelétricas ora em construção – Ferrei‐ ra Gomes e Santo Antônio. Com a experiência das dificuldades enfrentadas nos anos 1990, em relação ao abastecimento de ener‐ gia no estado, Sarney procurou Dilma Rousseff, ainda quando a atual presidente era ministra de minas e energia do governo Lula, para dizer da necessidade que o Amapá tinha de contar como linhão. Comvisão futurista de estadista, ainda quando era Presidente da República, na segundametade dos anos 1980, Sarney encomendou à Eletronorte estudos para a extensão do Linhão de Tucuruí até ao então território federal do Amapá. “O Amapá e o Amazonas tinham sistemas de produção energética isolados. Recordo‐me que foi uma luta grande que tivemos, quando eu, como Pre‐ sidente da República, determinei que fossem feitos os primeiros estudos para a ligação dos sistemas elétri‐ cos do Amapá, do Amazonas e do Tucuruí ao sistema elétrico brasileiro”, lembra o senador Sarney. Depois, já fora do principal cargo do país, o parlamentar pelo Amapá teve a preocupação de continuar na luta para passar a linha de integração dos sistemas elétricos pe‐ la margem esquerda do rio Amazonas com o propó‐ sito de beneficiar a população do estado. Então foi à já presidente Dilma Rousseff, lembrá‐la do pedido fei‐ to por ele no tempo em que ela fora ministra. “A pre‐ sidente nos deu uma decisão extraordinária. Autori‐ zou a construção da linha de transmissão pela mar‐ gem esquerda do rio Amazonas. Com isso, pudemos beneficiar Macapá que agora recebe a linha de trans‐ missão”, comemora José Sarney. O Linhão de Tucuruí já está pronto no Amapá, desde 2013, mas não pode ser operado porque os serviços de infra‐estrutura ainda estão em anda‐ mento. Eram para ter sido concluídos ainda em 2014. A infra‐estrutura consiste de subestação de energia, torres e 39 quilômetros de cabos, respon‐ sabilidade da CEA). As estruturas possibilitarão a conversão de tensão e a distribuição da energia pro‐ cedente de Tucuruí. ● Linhão deTucuruí chega noestado

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