Revista Diário - 4ª Edição - Fevereiro 2015
Entrevista rimeiramulher presidente damais alta corte da Justiça amapaense, Sueli Pini está no cargo desde 5 demarço. Aos 55 anos de idade, ocupa a cadeira deixada pelo hoje desembargador aposentado e ex presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (Tjap), Luiz Carlos Gomes dos Santos. A gestão dela vai até 2017. Sueli émembro da corte desde 2013, quando foi escolhida pelo critério de antiguidade namagistratura amapaense. Mulher que diz preferir viver “umdia de cada vez” e semmuitos planos, amagistrada assegura que ao contrário dessa filosofia fará uma gestão altamente planejada, e não apenas para o período de seumandato, mas para nomínimo cinco anos. O ingresso da desembargadora no Tjap e a ascensão à presidência do tribunal forameivados de disputas judiciais. Sobre isso, a trajetória da vibrantemulher que ela é, e seus planos e opiniões sobre a importância da Justiça, a desembargadora conta na seguinte entrevista. evista Diário – Qual é ou será o mote da sua gestão no Tribunal de Justiça do Amapá? Desembargadora Sueli Pini – Quero aplicar a desjudicialização. Para isso, será criado o Comitê Estadual Interinstitucional da Desjudicialização. Diário – Por que a desjudicialização? Sueli – Diante da dificuldade do Judiciário de atender com presteza às demandas judiciais que a sociedade produz, assim como a necessidade de encontrar soluções eficazes, a desjudicialização se tornou uma realidade no Brasil com a edição de leis que favorecem a composição amigável de situações sociais por meio dos serviços extrajudiciais, buscando desta forma propiciar o desafogo do Poder Judiciário. Diário – Dá para exemplificar a desjudicialização? Sueli – Esta é uma ferramenta que chamo de a sexta onda. Vamos tomar como exemplo o governo do estado. Imagine que existem de oito mil a dez mil processos de servidores públicos que cobram na Justiça o pagamento do reajuste de 2,84%, que foi concedido há algum tempo, mas não efetivado. Com isso, cada um dos servidores ingressou com ações individuais no Juizado da Fazenda. Com a desjudicialização, isso não chegaria ao Judiciário. Seria resolvido em uma Câmara de Conciliação Fazendária dentro da Procuradoria Geral do Estado. SUELIPINI “Roceira que se tornou desembargadora” P R Reportagem: Elden Carlos Texto final: Douglas Lima Fotos: Samuel Silva ➔ Quero aplicar a desjudicialização. Para isso, será criado o Comitê Estadual Interinstitucional da Desjudicialização. Projeto Revista DIÁRIO -Março 2015 - 40
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