Revista Diário - 4ª Edição - Fevereiro 2015

Revista DIÁRIO -Março 2015 - 68 “Um sinal de que essa onda está chegando é que omar estranhamente começa a recuar”, alerta o oceanógrafo David Zee Impacto “ Émuito remota essa possibilidade de erupção, mas, se de fato ocor‐ rer essa retomada da atividade vulcânica do Cumbre Vieja, para atin‐ gir Macapá teria que ser nas propor‐ ções da explosão do Krakatoa (vulcão que explodiu na ilha de Java, na Indo‐ nésia, em 27 de agosto de 1883) que mudou as condições climáticas da ter‐ ra por algumas dezenas de anos”, afir‐ ma Antônio Feijão, acrescentando: “Vulcanismos derivados da cadeia me‐ soceânica são raríssimos, mas todos os lugares em que ocorreram atividades remanescentes de vulcanismo sempre poderão ser submetidos a novos fenô‐ menos, mais fracos ou mais fortes”. Arrematando, ainda ao se referir à comparação que fez entre o Santos (AP) e o Barcelona coma possibilidade de ocorrer a erupção do Cumbre Vieja, Antônio Feijão dispara: “Com toda a paixão que tenho pela Amazônia, em especial pelo Amapá, e em respeito à torcida do Santos, do Acosta, vou tor‐ cer pelo Barcelona”. Vários outros estudiosos também tranquilizam a população. Apesar de não descartar a possibilidade de ocor‐ rer um megatsumani por conta de eventual erupção do vulcão, eles afir‐ mam que a catástrofe pode acontecer num prazo de até 10 mil anos, poden‐ do, até, coincidir com uma possível erupção do Cumbre Vieja. Todavia, sis‐ mólogos, vulcanólogos e historiadores informam que esse vulcão só fica ativo a cada dois séculos. “Um sinal de que essa onda está chegando é que o mar estranhamente começa a recuar”, alerta o oceanógrafo David Zee, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Diferentemente do filme Impacto Profundo, em que a humanidade en‐ viou um foguete com ogivas nucleares para desviar a trajetória do asteróide que colidiria e destruiria o planeta Ter‐ ra (na ficção, os cientistas obtiveram êxito parcial ao impedir a catástrofe to‐ tal), nesse episódio em questão, o ho‐ mem se tornaria impotente, mostran‐ do toda a fragilidade humana diante da fúria da natureza. ●

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