Revista Diário - 4ª Edição - Fevereiro 2015

Urbanismo E m 2010, a cidade de Macapá possuía 28 bairros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é, ainda hoje, o quantitativo reconhe‐ cido oficialmente. De lá pra cá surgi‐ ram mais 42 bairros, totalizando, portanto, 80, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habi‐ tação da Prefeitura Municipal. Em 2010 o Censo do IBGE apu‐ rou que o Amapá foi o estado bra‐ sileiro commaior crescimento po‐ pulacional na década: saltou de 477.032 habitantes, em 2000, pa‐ ra 668.689 dez anos depois, um crescimento de 40,18%. Segundo o coordenador de di‐ vulgação do Censo no Amapá, Joel Silva, dois fatores foram fundamen‐ tais para o salto amapaense no índi‐ ce populacional: a migração e a taxa de natalidade: Esses números supe‐ raram as nossas expectativas; têm a ver com a grande quantidade de fi‐ lhos por mulher no estado e tam‐ bém com a migração, que não tem os mesmos percentuais de décadas passadas, mas ainda é grande no es‐ tado. A maioria dos migrantes vem dos estados do Pará e Maranhão”. Esses fenômenos ainda ocorrem commuita intensidade, por conta da perspectiva de implantação de em‐ preendimentos nosmais diversifica‐ dos setores da economia. O Censo apurou, também, que a maioria da população amapaense vive em zona urbana, com 89,8%. A concentração maior é em Macapá. Ainda de acordo com o Censo, o nú‐ mero de homens emulheres que vi‐ vem no estado é praticamente divi‐ dido, com 50,055% e 49,95%, res‐ pectivamente. Entretanto, o sexo fe‐ O crescimento populacional de Macapá acompanha a explosão da densidade demográfica do Brasil, atraindo, via de consequência, graves problemas sociais, elevação das taxas de criminalidade e de desemprego, por conta da forma com que vem acontecendo a expansão urbana: sem adequado planejamento, incentivada por um crescimento populacional acelerado. Texto: Ramon Palhares Foto: Samuel Silva Expansão desordenada gera graves problemas emMacapá Revista DIÁRIO -Março 2015 - 8

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