Revista Diário - 4ª Edição - Fevereiro 2015

Revista DIÁRIO -Março 2015 - 80 História Quando se estuda aHistória doAmapá, são comuns as referências e toda ênfase dedicada à Fortaleza de São José de Macapá, atualmuseu homônimo. SANTO ANTÔNIO, oprimeiro atalaia S eus 232 anos, seu porte arquitetônico majestoso e o fato de ser omaior edifíciomilitar construído em todo o Império ultramarino português, por si só justificamtoda o cerimonial. Oquepouco se sabe oupou‐ co se divulga é a existência de outras fortificações cons‐ truídas pelo imperialismo europeu em território ama‐ paense à época do antigo sistema colonial mercantilista. Até que a imponente fortaleza fosse construída e inaugurada ainda inconclusa, em 1782, outras casas militares velaram o sono dos amapaenses de outrora e salvaguardaram os interesses geopolíticos lusitanos no setentrião norte. O território dividido por espanhóis e portugueses, por meio do Tratado de Tordesilhas (1794), mas que era ambicionado por ingleses, irlandeses, holandeses e, de forma mais renitente, pelos franceses, sofria ata‐ ques ostensivos e era constantemente sitiado pelos pretendentes, alarmando o governo português. Antes da instalação, em1738, do primeiro destaca‐ mento militar na falésia onde posteriormente fora construída a Fortaleza de São José, foram os ingleses os primeiros a se estabelecerem em território ama‐ paense no fim do século XVI. No século XVII levantaram os fortes Tilletite e Uri‐ muacá e, aliados aos holandeses, construíram o Forte do Torrego (1‐‐629) e o Forte Felipe (1630); em 1632, uma guarnição inglesa comandada por Roger Fry construiu na embocadura do Igarapé da Fortale‐ za, com auxílio de grupos indígenas, o Forte Cumaú, que representou a última tentativa da Inglaterra em Texto: Célio Alício Fotos: Samuel Silva

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