Revista Diário - 5ª Edição - Abril 2015
para proteção. Finalizamos o passeio comendo um delicioso churrasquinho de lhama! No oitavo dia fizemos umrápido passeio pela Bolívia – como não tínhamos tempo para fazer o Salar de Yuni, fomos até a Laguna Colorada, que findou sendo umdos lugaresmais bonitos da viagem! Passando pela inóspita fronteira Chile‐Bolívia, percebemos de imediato a po‐ breza do segundo país. A infraestrutura é bemmais pre‐ cária, desde banheiros sujos e sempapel higiênico à falta de organização do turismo. Mas a beleza natural com‐ pensa o esforço! A cor rosada da água da Laguna Colo‐ rada é gerada pela alga surirella, rica em betacaroteno, e por microcrustáceos chamados Artemia Salina, que tambémsão responsáveis pela coloração rosada das pe‐ nas dos flamingos, que se alimentamdeles. Curiosidade: quantomais velho o flamingo, mais rosada ficamas suas penas, pela quantidade de crustáceos ingeridos no de‐ correr de sua vida. Oúltimo dia de passeio foi dedicado a um lugarmui‐ to especial, o Salar de Tara. Um dos motivos pelo qual ele geralmente fica pro final é por causa de sua altitude, 4.400 metros. Pra quem não escala vulcões, é o tour de maior altitude. Semproblemas, assima gente fecha com chave de ouro! O Salar de Tara fica dentro da Reserva Nacional Los Flamencos. Logo no início da reserva pu‐ demos caminhar livremente emmeio a incríveis forma‐ ções rochosas. Solitárias emmeio ao deserto, é extrema‐ mente curioso pensar em como elas surgiram alí. Co‐ nhecidas como osMonjes de la Pacana, foram formadas por erupções vulcânicas. Logo depois descemos perto de umparedão coma aparência que lembra umcastelo, conhecido como Catedrais de Tara. Enfim, o Salar de Ta‐ ra: outra lagoa linda, cheia de cores, e completamente diferente das outras. O guia nos deixa na margem e va‐ mos caminhando até o local onde almoçaremos. No ca‐ minho tive a sorte de fotografar umCholulo, umpeque‐ no roedor que vive em tocas, embaixo dos arbustos na margem da lagoa. O guia, que trabalha há seis anos na região, disse que é a primeira vez que conseguiu ver um! Quando chegamos ao local do almoço, não acreditei: umamesamontada, comdireito à toalha xadrez, pratos, talheres e vinho! Pudemos saborear tudo, em frente a umcenário parasidíaco! A viagemnão poderia terminar emmelhor estilo! ● Revista DIÁRIO - Abril 2015 - 61
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