Revista Diário - 6ª Edição - Maio 2015
Revista DIÁRIO -Maio 2015 - 19 SOLDADOS A cobiça do estrangeiro pela Amazônia ainda enfrenta a emblemática presença do “guerreiro de selva”, como é chamado omilitar do Exército que serve na Amazônia. Se‐ gundo o coronel Alexandre Mendonça, esse é o melhor combatente em ambiente de mata do mundo. Para se ter uma ideia desse diferencial, militares de diversos países concorrem a limitadíssimas vagas no Curso de Operações na Selva, promovido pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva, o temido Cigs, em Manaus. “Mas o que o Brasil disponibiliza em termos de conhecimento é algo bem ge‐ neralista, pois há coisas em que só trabalhamos com os nossos soldados”, diz ele. Alexandre diz ainda que o con‐ tingente de soldados que anualmente são recrutados na Amazônia é de nativos dessas cidades pelo interior, por‐ tanto gente acostumada com a vida na floresta, então o que se passa são conhecimentos da doutrina militar e de conhecimento específico, pois no dia a dia esses homens e mulheres sabem muito bem como lidar com a floresta. FORÇAS Uma importante observação é feita por especialistas em ciências militares, que é o fato do Amapá fazer fron‐ teira com um país integrante da Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte, por vezes chamada Aliança Atlântica, uma aliança militar intergovernamental basea‐ da no Tratado do Atlântico Norte, assinado em 4 de abril de 1949. É que do outro lado do rio Oiapoque está a Guia‐ na Francesa, um protetorado francês na América Latina. A organização constitui um sistema de defesa coletiva através do qual seus estados membros concordam com a defesa mútua em resposta a um ataque por qualquer en‐ tidade externa à organização. EmCaiena, na Guiana Fran‐ cesa, para se ter uma ideia, o espaço aéreo é aberto para aeronaves que pertençam à Otan, pois lá existe uma Base Aérea com esse fim. Ainda em ter‐ ritório guianense, está insta‐ lado o Centro Espacial de Kourou, que pertence à União Europeia. POSIÇÃO A criação do Comando Militar do Norte e a implanta‐ ção da Brigada da Foz do Amazonas no Amapá caracteriza a importância estratégica da Amazônia Oriental, que além de fronteira é a entrada para toda a região, através do rio Amazonas. Em Oiapoque, por ocasião do primeiro balanço da operação Cabo Orange, o governador do Amapá, Waldez Góes, foi convidado pelo comando da ação. Três oficiais generais estiveram presentes. O comandante militar do norte, general de Exército Oswaldo Ferreira, o comandan‐ te do I Comar (Comando Aéreo Regional), major brigadei‐ ro do ar Paulo Borba e o comandante do 4º Distrito Naval, Edlander Santos, que é vice‐almirante. ● ● Durantea operaçãoCabo Orange, tropasdo ExércitodoBrasil fizeraminúmeras açõesde fiscalizaçãoe patrulhamentoda faixade fronteira emtornodo rio Oiapoque. “Temos osmelhores combatentes deselvado mundo”
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