Revista Diário - 7ª Edição - Junho 2015
Roteiro Como não se encantar comumlugar que tema capital localizada exatamente na esquina domaior rio de água doce do planeta? Amapá... Belo, intrigante e desconhecido! Revista DIÁRIO - Junho 2015 - 24 S im. As belezas encantadoras desta terra tucuju em sua maioria são encontradas em locais ainda pou‐ co explorados. Tucuju foi uma das primeiras de‐ nominações dadas aos municípios de Macapá e Maza‐ gão, em razão da presença dos índios tucujus, hoje to‐ talmente extintos. Aqui vivem as comunidades quilombolas que resis‐ tem na preservação de suas culturas repassadas por dé‐ cadas e décadas pelos seus ancestrais, como verdadei‐ ras relíquias, e conservadas até os dias atuais, buscando a todo custo evitar o desaparecimento das suas histó‐ rias cantadas em prosas, músicas, ressoadas e festeja‐ das ao som dos tambores tradicionais do Batuque e Ma‐ rabaixo, como a bradar batendo no peito todas as con‐ quistas da quebra das correntes que furtavam suas li‐ berdades, mas suas forças... Jamais! O soldado heróico popularmente conhecido como Cabralzinho resistiu com bravura na defesa dos anseios do povo deste território, enfrentando os inimigos com sua alma mortal: paixão e patriotismo pelas terras re‐ pletas das frondosas bacabeiras e mangueiras espalha‐ das tudo por aí. No diário de bordo dos seus residentes estão regis‐ tradas, também, muitas histórias que alimentarão por séculos a curiosidade de muitas pessoas, como a de Ja‐ nary Gentil Nunes, o primeiro a governar estas terras. Como todos os amapaenses, ele presenciou a tragédia das mortes do seu irmão Coaracy Monteiro Nunes, do promotor público Hamilton Silva e do piloto Hildemar Maia, durante uma queda de avião na comunidade do Carmo do Macacoari, no hoje município de Itaubal, os quais têm seus nomes homenageados nas ruas da capi‐ tal do estado, além do reconhecimento dos seus traba‐ lhos contados nos livros e nas praças durante encontros nostálgicos dos seus moradores mais ilustres, em espe‐ cial da turma de “cabelos de neve” que se reúne todas as manhãs de domingo na tradicional banca do amigo Dorimar. ● Texto: Nira Brito
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