Revista Diário - 7ª Edição - Junho 2015
Editoria Revista DIÁRIO - Junho 2015 - 46 A o nascermos, nosso corpo associa os sabores a vantagens e desvantagens dos alimentos. Doce é fonte de energia, salgado remete à presença de proteínas e minerais. Ácido significa que o alimento está estragado e amargo mantém relação com a presença de substâncias tóxicas. De acordo com a nutricionista Larissa Mendes, a se‐ gunda experiência com os sabores ocorre com o leite ma‐ terno e, nesse momento, inicia‐se uma experimentação infinita de sabores e proporções de volumes. “A composição do leite é influenciada pela alimenta‐ ção da mãe e, neste caso, quanto maior a variedade de alimentos ingeridos por ela, maior também a alteração no sabor do leite. Isso ajuda na construção do paladar das crianças. Ou seja, se a alimentação da lactante for va‐ riada e rica em diferentes nutrientes, a criança tende a acompanhar e ter uma maior flexibilidade em suas esco‐ lhas alimentares no futuro”. A terceira experiência, que segundo a nutricionista define os gostos, acontece na infância, entre os cinco e nove anos. Nessa fase, questões sociais, fisiológicas, psi‐ cológicas e culturais entram em cena. As crianças que têm bons exemplos em casa e na escola e veem diaria‐ mente pessoas com hábitos alimentares saudáveis ten‐ dem a replicar esse comportamento e comer de tudo. “Seja qual for a fase da vida da criança, o mais impor‐ tante para sua alimentação é a variedade. Quando mais exposta a uma grande variedade de alimentos como ver‐ duras, legumes e frutas de forma natural no seu dia a dia, maiores serão as chances de que ela desenvolva hábitos alimentares saudáveis durante toda a sua vida”, aconse‐ lha Larissa. ● E studos científicos mostram que du‐ rante a gravidez os hábitos alimenta‐ res se refletem não só no organismo da mulher, mas também no crescimento e desenvolvimento da criança – que depen‐ de totalmente desse alimento para obter os nutrientes de que necessita. A nutricionista Larissa Mendes reco‐ menda uma dieta equilibrada e variada, com muita proteínas, à base de peixe, carne, ovos, queijo, soja, legumes e frutos secos e hidratos de carbono, que são en‐ contrados no pão (preferencialmente in‐ tegral), batata, massa, arroz e legumino‐ sas. A dieta deve ser rica em sais mine‐ rais, também encontrada no ovo, peixe, carne bem cozinhada, batatas, cenouras e feijão verde, além de fibras vegetais (cereais e legumes), vitaminas (fruta) e gordura (preferencialmente azeite puro). A especialista dá a receita para as futu‐ ras mamães: consumir muita fruta e legu‐ mes; alimentos ricos em fibras; beber en‐ tre 1,5 a 2 litros de água ao longo do dia, em pequenas quantidades; não comer car‐ ne crua ou mal passada; fazer refeições re‐ gulares ao longo do dia e evitar ficar mui‐ tas horas seguidas sem comer; praticar exercício físico com regularidade e se manter sempre ativa. Outra recomendação é cuidar do cor‐ po, para prevenir aumento excessivo de peso, o que é normal durante a gravidez. “Caso, entretanto, ocorra aumento de pe‐ so, é aconselhável consultar um especialis‐ ta para que as necessidades energéticas sejam supridas pela dieta adequada”, reco‐ menda Larissa. ● Dieta adequada é sinônimodeuma gravidez saudável Nutricionista alerta que hábitosalimentares começam a ser adquiridos no ventre Poucas pessoas sabem, mas o gosto já começa a ser percebido por volta da 12ª semana de vida intrauterina. Após o nascimento, o paladar é umdos sentidosmais apurados do bebê e serve como ummecanismo de defesa. Alimentaçãosaudável
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